Fórum das Regiões: É sempre assim, em época de crise económica, os pobres são cada vez mais e mais pobres e os ricos cada vez mais ricos, logo as assimetrias económicas acentuam-se.
A crise económica global agravou de forma substancial a
desigualdade de rendimentos nas principais economias e há um risco crescente de
os mais desprotegidos continuarem a ser os que mais sofrem, alertou a OCDE na
terça-feira.
Um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Económico (OCDE) evidenciou que a crise económica global "reduziu os
rendimentos do trabalho e do capital na maior parte dos países".
A base de dados da OCDE sobre a distribuição de rendimento revelou
ainda que a desigualdade de rendimentos cresceu mais entre 2008 e 2010 do que
durante os 12 anos anteriores para o conjunto dos 34 estados-membros da
organização, depois de se excluir a mitigação dos efeitos negativos pelos
sistemas de proteção social.
"Depois de impostos e transferências, o rendimento dos 10%
mais ricos da população dos estados da OCDE é 9,5 vezes superior ao dos 10%
mais pobres, o que compara com 9% em 2007", especifica o documento.
"A diferença é maior no Chile, no México, na Turquia, nos EUA
e em Israel e menor na Islândia, Eslovénia, Noruega e Dinamarca",
acrescenta.
O secretário-geral da entidade, Angel Gurria, considerou que
"esta conclusão realça a necessidade de proteger os mais vulneráveis na
sociedade, em particular quando os governos prosseguem a tarefa necessária de
colocar a despesa pública sob controlo".
Fonte: Jornal de Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário