O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Coiotes e coelhos

Num dos desenhos animados de Pernalonga ele, manhosamente, vira-se para o Coiote e diz que se rende porque não pode mais lutar contra um génio como ele. O Coiote, orgulhoso, responde-lhe: "É uma decisão sensata, meu amigo. Acabaste de te livrar de um destino pior do que a fritadeira".

Num dos desenhos animados de Pernalonga ele, manhosamente, vira-se para o Coiote e diz que se rende porque não pode mais lutar contra um génio como ele. O Coiote, orgulhoso, responde-lhe: "É uma decisão sensata, meu amigo. Acabaste de te livrar de um destino pior do que a fritadeira".
Quando olha para o Coiote, a Grécia parece preferir como destino a fritadeira. Antes isso do que continuar a tentar sobreviver na morte lenta do euro. A austeridade forçada nada resolveu na Grécia. Sem crescimento económico ninguém paga uma dúvida. A dúvida é saber se a Grécia fica tostada ou completamente torrada. Quando anuncia que pode deixar o euro, a Grécia diz aquilo que Bruxelas já sabe e Berlim anseia. É o seu canto do cisne. O que a Grécia não pagará causará apenas uma má noite de pesadelos aos banqueiros e ao BCE. Depois a vida voltará ao mesmo. Mas a saída da Grécia da zona euro mostra apenas que a UE já não consegue fazer a paz consigo mesma. Na UE já não há irmãos de sangue. Há coiotes e coelhos. E Portugal, lamentavelmente, pertence à classe dos roedores e não dos predadores.
Portugal vai, mais tarde ou mais cedo, de se preparar para um segundo pacote de ajuda. Tudo o resto são futilidades e cantigas de amigo para entreter os distraídos. A austeridade de 2012 será mortal. Devíamos olhar para a Grécia, onde 45% dos jovens estão desempregados. As munições verbais já não escondem a guerra pela sobrevivência por parte daqueles que foram dispensados pela democracia de consumo. A UE será o que a Alemanha quiser. O euro também. De Portugal restará o que a austeridade e os impostos permitirem.

Fernando  Sobral - fsobral@negocios.pt

F. C. Porto/Lisboa

Por que chegamos à indigência social e económica do Norte? Situo no tempo o ano de 1995 - quando o Banco Português do Atlântico (BPA) foi entregue ao BCP, depois fundido e arrasado na sua matriz de instituição com centro de decisão no Norte.

O BPA era o braço da indústria e o seu centro de estudos um alforge de pensamento estratégico para as universidades e Poder Político. Quem tomou a decisão de o comprar e levar para Lisboa? Um homem do Porto na capital, Jardim Gonçalves.

Quando um grupo dos empresários, liderados por Belmiro de Azevedo, tentou fazer frente à aquisição hostil (OPA) do BCP, a coesão do grupo nortenho falhou e venceu a lógica do encaixe rápido. Poderia ter sido diferente? O que seria hoje da Sonae, Mota (Engil), Riopele, entre outros, se um importante motor financeiro como o BPA tivesse existido?

E Portugal seria diferente se o portuense Valente de Oliveira, o ministro do Planeamento e Ordenamento do Território, não tivesse fomentado, durante o cavaquismo, a teoria de Lisboa como "centro de difusão de riqueza" para o resto do país?

Outra circunstância histórica: a globalização fez entrar os produtos asiáticos a preços imbatíveis. Uma boa parte da geração dos "capitães da indústria" do Norte vendeu ou fechou as empresas. Muitos dos que conseguiram aguentar-se transferiram boa parte do capital ganho na indústria para os negócios financeiros (acções de bancos, por exemplo). Ora, o mundo financeiro é controlado na capital. O Norte financiou a explosão do lobby financeiro gerido a partir de Lisboa... Obviamente, reconstruir uma geração de exportadores fortes e com força política para ser ouvida pelo Governo demora décadas. Estamos a meio deste processo.

Outra questão central é a dos média. E, neste ponto, o cenário é de catástrofe. Ainda há bem poucos anos havia pelo menos três órgãos de comunicação com dimensão e capacidade de influenciar as decisões em Lisboa: o Público, que lentamente perdeu pessoas e meios e cujo futuro é incerto; a TSF, hoje muito mais reduzida no Norte do que já foi; e a RTP, a única televisão com uma grande Redacção no Norte.

O actual processo de privatização da RTP é o novo momento de desmantelamento do que resta de "televisão com força política" fora de Lisboa. Sem média fortes, sem políticos, universitários e comentadores em estúdio, sem programas e notícias pensados e emitidos doutro sítio que não da capital, o mundo português é o eixo Lisboa-Cascais. Curiosamente, os média no Porto têm ignorado olimpicamente a questão da provável dissolução da RTP no Norte como se isso até fosse positivo.

Por fim: a pior coisa que nos pode acontecer é fazer do F. C. Porto o líder do processo político de combate à macrocefalia lisboeta, por muito que se goste do clube (e eu gosto). O F. C. Porto não é uma instituição pública imitável. É uma "empresa" notável e quase global, de um líder absoluto, mas com uma capacidade de acção (e métodos) que não se compaginam com decisões democráticas.

Infelizmente, a frase "Lisboa a arder" e a dúbia posição do presidente do clube contribuíram para tribalizar a gestão do território, como se ela fosse futebolística. Portanto: se o país não esquece as ameaças separatistas de Pinto da Costa e não deixa o Porto (o Norte?) ser "livre", qual o passo seguinte? Só vejo o caminho da internacionalização da economia. Exactamente o que aos poucos se vai fazendo. O que dará novo fôlego político à região.

E a regionalização? Sou a favor da ideia de que "perto" se gere melhor do que "longe". Não é um João Jardim que apaga milhares de bons autarcas (e não, a única rotunda boa do país não é a do Marquês do Pombal...). Mas estou convencido de que só haverá regionalização se a medida for imposta já que Portugal é o único país da União Europeia não regionalizado. Ora... alguém conhece um dos membros da troika e o convence a meter isso na agenda? Só assim. Não vejo a maioria dos portugueses a querer deixar de depender do "Estado centralista" gerido a partir da capital. Está tudo escrito há muito pelo Eça de Queiroz.

Fonte: Jornal de Noticias

Eduardo Catroga é o novo "chairman" da EDP

Fórum das Regiões: Ora aí está o "pagamento" pelo empenho que demonstrou aquando da pré-campanha de Passos Coelho! Recentemente chegado do Brasil...

Braga de Macedo e Ilídio Pinho também farão parte do Conselho Geral e de Supervisão da eléctrica

Eduardo Catroga, o ex-ministro das Finanças do Governo de Cavaco Silva, irá presidir, a partir de Fevereiro, ao Conselho Geral e de Supervisão da EDP, avança a edição de hoje do Diário Económico, acrescentando que a nomeação conta com o total apoio dos accionistas privados da eléctrica, incluindo a Three Gorges.
Este cargo foi até agora ocupado por António de Almeida, que tinha já feito saber ao Governo e aos privados que não pretendia continuar à frente do órgão onde estão representados os accionistas com participações superiores a 2%.

O "Diário Económico" avança ainda que também Jorge Braga de Macedo e Ilídio Pinho vão integrar o Conselho Geral e de Supervisão.


Jornal de Negócios  Online - negocios@negocios.pt

Acorda Portugal

Fórum das Regiões: Em três dias, a maioria das pessoas neste país lerá esta mensagem que circula na Net. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e revista por todos os cidadãos...

Alteração da Constituição de Portugal em 2012, para poder atender o seguinte, que é da mais elementar justiça:

1. O deputado será pago apenas durante o seu mandato e não terá reforma proveniente exclusivamente do seu mandato.

2. O deputado vai contribuir para a Segurança Social de maneira igual aos restantes cidadãos. Todos os deputados ( passado, presente e futuro) passarão para o actual sistema de Segurança Social imediatamente. O deputado irá participar nos benefícios do regime da Segurança Social exactamente como todos os outros cidadãos. O fundo de pensões não pode ser usado para qualquer outra finalidade. Não haverá privilégios exclusivos.

3. O deputado deve pagar seu plano de reforma, como todos os portugueses e da mesma maneira.

4. O deputado deixará de votar o seu próprio aumento salarial.


5. O deputado vai deixar o seu seguro de saúde atual e vai participar no mesmo sistema de saúde como todos os outros cidadãos portugueses.

6. O deputado também deve estar sujeito às mesmas leis que o resto dos portugueses.

7. Servir no Parlamento é uma honra, não uma carreira. Os deputados devem cumprir os seus mandatos (não mais de 2 mandatos), e então irem para casa e procurar outro emprego.

O tempo para esta alteração à Constituição é AGORA. Forcemos os nossos políticos a fazerem uma revisão constitucional.

E-mail em circulação na NET.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sócios, ele é o Economista do Ano

Quem é meu Economista do Ano? Sócios, é isso que vou explicar. O que é que Portugal tem de fazer? Vai qu'ir buscar dinheiro... Ontem vi o patrão da barragem Três Gargantas, Cao Guangjing. Ele é o chinês que comprou a EDP - e fez-me luz! Foi quando ele disse: "Podemos trazer dinheiro e bancos chineses." Sócios, ele é o 20.º jogador do plantel, aquele que foi anunciado num discurso, em Lisboa, a 24 de Março! Na altura, foi dito que vinham aí charters e os portugueses riram-se. E não é que aconteceu mesmo?! Portugal foi buscar sponsors, foi buscar as Três Gargantas. Agora Portugal vai ter comissão de charters... vai ter comissão de bancos... vai ter comissão de barragens... Ontem Cao Guangjing foi recebido no Ministério da Economia e hoje vai ao Ministério das Finanças e vai ser recebido por Passos Coelho... Porquê? Sócios, porque foi feito um Departamento do Jogador Chinês, como foi preconizado no tal discurso em Março. "Portugueses, isto é um projecto de irmos p'ra frente! Vamos ganhar, vamos tar lá em cima outra vez", foi dito então. E agora eu vou ter que eleger o Economista do Ano. Aquele discurso não foi nem do Teixeira dos Santos nem do Constân... sócios... oh sócios... por favor, tou concentradíssimo, não é?, nem pelas falinhas mansas do Gaspar, nem pela sumidade académica do Álvaro - foi dito com os pés por Paulo Futre. Não foi citado pelo Financial Times mas está no YouTube. E, sócios, Futre foi o único que acertou.
 
 
por FERREIRA FERNANDES, no DN