O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O CONCELHO FANTASMA…!

Sempre ouvi dizer que “há razões que a razão desconhece”. No caso em apreço, isto não podia ser mais verdade. Há razões na cabeça do autarca de Paredes, que a razão dos cidadãos de Paredes, desconhece.

Celso Ferreira teve a oportunidade de ter carreira brilhante na política, mas por desconhecimento ou ignorância política, desbaratou esse valor que muitos lhe reconheciam.

Como escrevi em tempos, o grande erro político de Celso Ferreira foi, em determinada altura, querer fazer “uma ultrapassagem pela direita e sem dar o pisca” a Marco António Costa e isto, ele sabe, este não perdoa a niguem. E não perdoou.

Infelizmente, diria, resta-lhe o concelho de Paredes como consolo para desbaratar o restinho de crédito que o PSD ainda lhe dá. Mas na primeira oportunidade, MAC far-lhe-á o que fez a Granja da Fonseca. O seu tempo está a esgotar.

O autarca de Paredes é presidente de um “concelho fantasma”, porque é um concelho que só existe na sua cabeça e ninguém sabe qual é, e como é! Ao invés, o “concelho real” todos sabemos qual é, sente-se como não tendo autarca. Eles não se reconhecem.

O tal “concelho fantasma” é aquele onde existem campos de golfe que atraem milhares de turistas e um magnífico Parque de Exposições com eventos de grande envergadura e por isso arrasta pessoas aos molhos; É aquele que tem uma Cidade Desportiva fabulosa digna de qualquer visitante, tem uma Cidade Inteligente que abriga técnicos especializados de todo o mundo e vai ter uma Cidade Criativa que vai albergar artistas de toda a índole e criar uma rota cultural que trará a Paredes milhares de visitantes; Tem uma ciclovia que corta o concelho de norte a Sul, ao longo do Rio Sousa, coisa digna de se ver, para não falar da famosa “ciclocidade” onde podemos ver centenas de pessoas diariamente a circular pela cidade através dela; Poderia enunciar muitas outras obras “brilhantes” de Celso Ferreira, mas vou citar só mais uma, que são os fabulosos acessos ao Centro Escolar de Mouriz, segundo o autarca, uma escola de referência. Este é o concelho que existe na cabeça do autarca e ele acredita que é verdade.

Ao invés, o “concelho real”, aquele em que vivemos, é o contrário daquele. Não há nenhum Campo de Golfe ou Parque de Exposições que atrai milhares de pessoas; A Cidade Desportiva é simplesmente lamentável e a Cidade Inteligente nem vê-la; A dita Cidade Criativa apresentada recentemente, já caiu antes de o ser, ainda vai dar numa mera desratização; Atrair artistas a Paredes e falar da rota cultural na cidade (com estátuas a custar um balúrdio…), só mesmo na cabeça do autarca que ignora e não conhece o território que (devia) gere; Ciclovia de Norte a Sul, onde pára ela? Já quanto a referida “ciclocidade” é um projeto miserável; Quanto aos acessos ao CE de Mouriz, era Celso Ferreira que deveria passar por lá todos os dias e no seu carro particular (coisa que ele prometeu em tempos). Este é o “concelho real”, aquele com que os cidadãos se deparam todos os dias.

Os cidadãos de Paredes têem o direito de se indignar e erguer contra isto, contra esta imoralidade.

Aos Paredenses não chega ter de ajudar a saciar a corte instalada em Lisboa, têem também de contribuir para ajudar a manter a faustosidade em que vive “o pequeno rei” de Paredes e a sua corte. Para este, pode não haver dinheiro para o essencial, mas para a sua corte haverá sempre.

Felizmente o seu reinado está a terminar. Está na reta final. Só que alguém se esqueceu de avisar o próprio.

O tempo encarregar-se-á de o avisar.


José Henriques Soares
"MCP - Movimente de Cidadãos por Paredes"

"O primeiro-ministro está muito mal informado sobre o que são os portugueses"

Henrique Neto

"Talvez os políticos sejam piegas, mas não os portugueses e muito menos os empresários que têm sobrevivido", diz o presidente da Iberomoldes.

Instado a comentar as declarações de ontem de Passos Coelho, que sugerem que os portugueses têm de ser mais exigentes e menos piegas, Henrique Neto disse hoje que “tenderia a aceitar a primeira parte – que os portugueses devem ser muito mais exigentes, nomeadamente com os Governos”.

Mas o empresário diz que “não estou a ver onde o primeiro-ministro foi arranjar a ideia de que os portugueses são piegas”. “Talvez os políticos sejam piegas, mas não os portugueses e muito menos os empresários que têm sobrevivido”.

“Os portugueses têm demonstrado grande capacidade de sobrevivência e resistência e isso não se consegue com pieguices. O primeiro-ministro está muito mal informado sobre o que são os portugueses”, acrescentou, em declarações à margem da conferência “Competitividade das Empresas e do Estado”, promovida pelo Negócios e pela Accenture.


Rita Faria - afaria@negocios.pt

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Uma modesta proposta

Não sou quem o diz, é a Comissão Europeia: "Entre os seis países da UE mais afectados pela crise, Portugal é o único onde as medidas de austeridade exigiram um esforço financeiro aos pobres superior ao que foi pedido aos ricos, revela um estudo recente publicado pela Comissão Europeia".

A notícia vem no "Jornal de Negócios" e suscita uma questão: sendo o empobrecimento do país a estratégia de saída da crise publicamente assumida pelo actual Governo, não se justificaria que a austeridade incidisse fortemente sobre os ricos até fazer deles pobres? Democratizando a pobreza ao mesmo tempo que democratiza a economia, o Governo realizaria o suave e patriótico milagre da multiplicação dos pobres mais eficazmente do que limitando-se a empobrecer ainda mais os pobres que já são pobres.

Imagino até um "slogan" para convencer os ricos, que costumam ser renitentes quando se trata de deixarem de ser tão ricos: "Faça algo pelo seu país: não vá empobrecer para a Holanda".

Manuel António Pina, JN

Caça aos tostões

A administração fiscal tornou-se uma exímia máquina de caça à multa.

Seguindo à letra o ditado que diz que ‘de grão a grão enche a galinha o papo’, o Fisco já processou centenas de milhares de multas, por atrasos no pagamento de IUC (Imposto Único de Circulação) popularizado pela designação de selo do carro.

Três associações do sector automóvel reclamam de pagamentos superiores a dois milhões de euros, a que há a acrescentar muitos milhares de automobilistas. Outro exemplo é a cobrança coerciva das portagens, o que transforma o fisco no eficaz cobrador de fraque das concessionárias. Isto é tudo legal, mas espera-se que este foco nas pequenas infracções não esqueça a fuga de milhões.

Por:Armando Esteves Pereira, Director-Adjunto do CM