O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Carta aberta ao Sr. Primeiro Ministro











SENHOR PRIMEIRO MINISTRO

Sou prático e pretendo ser sucinto, como tal, vou directo ao que me move.
Tomo esta iniciativa, imbuído de uma profunda tristeza e corrompido por uma revolta sem controlo que só a muito custo, tento dominar.
Tenho 59 anos, uma vida preenchida de sofrimento e vivências que me obrigam a denunciar a pouca vergonha que reina neste país.
Quero desde já dizer-lhe que o senhor não me desiludiu politicamente porque sou apolítico e apartidário.
Por isso, políticos, ou seja, malabaristas da política, chamo malabaristas para não chamar aldrabões da política e partidos políticos, não me desiludem.
A única vez que votei na minha vida foi na 1ª candidatura do Exmº Senhor General Ramalho Eanes que foi meu CHEFE e com muito orgulho, é meu Superior Hierárquico e na História do 25 de Abril foi, em minha opinião, o único Comandante Supremo das Forças Armadas, por inerência de funções e por direito de posto e Conduta Ética.
Desde há largos anos a esta parte que vejo a minha PÁTRIA, por quem jurei fazer sacrifícios e dar a minha vida, como o fizeram o Senhor meu Pai, que verteu sangue por ELA, assim como vários Familiares e Amigos, culminando num primo que lhe ofereceu o melhor que tem um Ser Humano:- A VIDA.
E o que temos hoje?
Um país hipotecado, sem lei, sem justiça e paulatinamente alienado a preço irrisório.
Assiste-se a um festival de propagandas eleitorais, promovido por aldrabões e gente sem vergonha, sem decoro, sem ética e sem respeito pelo semelhante, principalmente pelos idosos e crianças.
Já não falo na Instituição Militar, que não me espanta estar queda e muda, pois os respectivos chefes perdem toda a legitimidade ao permitirem-se ser nomeados por uns quaisquer políticos, em vez de serem eleitos pelos seus subordinados, no seio da Família Castrense.
Assim, sou daqueles que por questão de Ética, se recusam a rever-se nestes chefes assim nomeados.
Respeito-os hierarquicamente, pois os Regulamentos assim me obrigam, e, nada mais. 

Via E-mail.

Desemprego dispara para novo recorde de 16,9% e já atinge mais de 920 mil pessoas


Fórum das Regiões: Esta é a estatística do INE, porque o "desemprego real" deve estar muito acima dos 20%, e o sr. Coelho sabe disso...! Então em Paredes, ele é superior ao 30%...


Estavam 923,2 mil pessoas desempregadas entre Outubro e Dezembro de 2012, o que representa uma taxa de desemprego de 16,9%.

16,9% da população activa portuguesa estava desempregada no quarto trimestre de 2012, o que representa um novo recorde.

A taxa de desemprego de 16,9% entre Outubro e Dezembro do ano passado compara com a taxa de 15,8% no terceiro trimestre, segundo divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). No quarto trimestre de 2011, a taxa de desemprego estava nos 14%.

A taxa anunciada esta quarta-feira, 13 de Fevereiro, pelo INE reflecte um valor mais elevado do que os 16,4% antecipados à agência Lusa pelo economista-chefe do Montepio Geral, Rui Bernardes Serra.

Para este valor, contribui a taxa de desemprego de 16,8% dos homens e de 17,1% das mulheres.

No quarto trimestre de 2012, 923,2 mil pessoas estavam desempregadas, quando o número não superava os 871 mil no trimestre anterior. Para a referida subida, as pessoas contribuíram pessoas com grau de escolaridade mais elevado.

"O aumento de 67,2 mil pessoas desempregadas com um nível de escolaridade completo correspondente, no máximo, ao 3º ciclo do ensino básico, de 44,3 mil pessoas desempregadas com ensino secundário e pós-secundário e de 40,6 mil pessoas desempregadas com ensino superior", indica o INE no documento.

No acumulado de 2012, a taxa de desemprego média ficou-se pelos 15,7%, penalizada pelos dois últimos trimestres, o que indica que, ao longo do ano, houve um agravamento do desemprego. O valor anual é superior à taxa de 12,7% registada em 2011.

A taxa de 15,7% do desemprego no ano passado ficou acima do previsto pelo governo para 2012, que era de 15,5%.

A taxa de desemprego em Portugal está a subir desde 2008, altura em que se situava nos 7,3%, o equivalente a 409,9 mil desempregados, conforme cita a agência Lusa.

Nos últimos tempos, a taxa de desemprego tem vindo a avançar em resultado das medidas de austeridade impostas na Zona Euro, que acabam por empurrar o país para a contracção económica, congelar o investimento (o que destrói empregos e impede a criação de novos postos de trabalho) e que, por isso, prejudicam o mercado laboral.

Taxa de desemprego jovem nos 40%

Nos últimos três meses do ano, a taxa de desemprego jovem (entre os 15 e 24 anos) em Portugal fixou-se em 40%, o que significa uma subida de um ponto percentual face ao trimestre anterior. Tal como tem sido hábito, a faixa etária mais jovem tem sido uma das mais penalizadas pelo progresso do desemprego.

Quando se compara a taxa de desemprego jovem no quarto trimestre de 2012 com o mesmo trimestre do ano anterior, o avanço é mais expressivo. Nessa altura, 35,4% dos jovens portugueses pertencentes à população activa estavam desempregados.

Fonte: Jornal de Negócios

Fome e combate ao desperdício


O processo de reenquadramento financeiro do país não tem corrido a par de decisões no âmbito económico capazes de amortecer enormes estragos. Os efeitos práticos das decisões têm sido dolorosos e deles tem resultado uma resistência feita na base de uma economia de guerra. Isto é: as várias perdas - de trabalho, de poder de compra, de famílias estruturadas e por aí fora - têm obrigado à tentativa de um contrabalanço pela via da frugalidade.
Os resultados de um tal método estão longe de ser recomendáveis. À recessão soma-se recessão e abrem-se brechas cada vez maiores por entre as quais a sociedade surge mais e mais cambaleante, contabilizando danos escusados.
Nas aldeias, vilas e cidades de Portugal a atividade comercial e industrial definha todos os dias. E todos os dias surgem novos escombros aos quais fica associada uma garantia: a cada um deles corresponde menos economia e mais desemprego e miséria.
Por muito mediatizada, a retração no setor da restauração é, talvez, a mais notada. Sem dinheiro nos bolsos o povo tem trocado os restaurantes pelas marmitas nos jardins públicos ou empregos e as refeições em casa. Sobra-lhe a vantagem do maior convívio, no contraciclo às falências de mais e mais restaurantes e bares.
Do encadeamento das dificuldades nada de bom é possível augurar enquanto não surgirem políticas alternativas - e de rotura.
Notório exemplo: o fim noticiado pelo JN do "Direito à Alimentação", um programa altruísta desenvolvido pelos restaurantes aglomerados numa associação representativa (a AHRESP) e que permitiu entre 2011 e 2012 fornecer 45 mil refeições gratuitas a pessoas carenciadas de 91 concelhos de Portugal. A inflexão do negócio, a troca involuntária do lucro pela penúria e a falência de milhares de empresários puseram fim a um elo mais da cadeia indispensável da solidariedade de um país em dificuldades. Nenhuma boa intenção é possível de ser levada à prática sem meios realistas para as viabilizar.
A impossibilidade de prosseguir o "Direito à Alimentação" é só mais um aviso sobre as sequelas de uma austeridade praticada sem escapatórias - no caso vertente fazendo o setor da restauração acumular falências e desempregados. O alerta deve, porém, ser também aproveitado para a alteração de alguns métodos de vida e para os quais é uma tontice culpabilizar o programa de ajustamento em curso. Basta recordar o facto de se estimar em um milhão de toneladas o desperdício de alimentos por ano para se considerar indispensável a modificação de comportamentos. Naturalmente dos que ainda dispõem do direito (regalia?) ao sentimento de posse.

Fernando Santos, no JN