O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

OS 50 ANOS DO TOTOBOLA!

O jogo patrocinado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi criado em 1961, faz anos em 2011, 50 anos. Oliveira Salazar foi durante muito tempo renitente em autorizar este jogo e permitir que os Portugueses pudessem aderir ao mesmo, mas acabou por aceder aos benefícios sociais que o mesmo proporcionava.
Durante alguns anos, especialistas Suecos andaram por cá a ajudar na criação e implementação do jogo, que então e dado que tudo era feito e tratado manualmente, carecia de uma estrutura muito grande para operacionalizar o jogo ao nível nacional.
Verdade é que o mesmo foi um grande sucesso desde logo. Os Portugueses aderiram ao Totobola não só pela natural propensão que temos pelo jogo, mas acima de tudo pela possibilidade (muito poucas certamente) de ganharmos uma batelada de dinheiro facilmente.
Entre o “1”, o “X” e o “2”, havia que escolher e esperar que a sorte do jogo ditasse o sortudo da semana ou o acumular para a semana seguinte.
Mas também o Totobola foi soçobrando ao peso da idade. Aos 50 anos tudo é diferente e muita coisa mudou. Há jogos mais “jovens” e pujantes que vieram ofuscar o Totobola e a tendência natural deste é morrer.
Mas na vida praticamente tudo é assim. Aos 37 anos de idade, a Democracia Portuguesa está hoje “falida” e, quiçá a caminho da morte, talvez uma morte mais precoce do que a do Totobola. Hoje são muito menos aqueles que arriscam no Totobola, mas eu arrisco a perguntar, quantos de nós podemos dizer que somos absolutamente livres neste País?
Tal como o Totobola e o País, também os políticos de há 37 anos eram mais pujantes, mais idealistas e mais consistentes, características que foram perdendo ao longo dos anos. Os políticos de hoje buscam o poder a toda força e passando por cima de tudo e todos. Algo vai ter que mudar ou então corremos o risco de aparecer um qualquer “euromilhões” mais jovem e que torne o “jogo” mais atractivo.
Infelizmente, entre o “1”, o “X” e o “2”, andamos ultimamente a apostar no “2”, ou seja perdemos sempre em casa.

Por cá….

Por cá não poderia ser diferente. Já em crónica anterior me referi ao negócio da (futura) construção de um parque de estacionamento que garante à empresa privada que ganhou o concurso o direito a mais que duplicar o preço do estacionamento (parcómetros), enxamear a cidade de máquinas para pagamento, não há rua, largo ou beco que se salve deste assalto, e permitirá retirar o estacionamento gratuito no Largo da Feira. Então isto não é desenvergonhice e uma afronta aos comerciantes, residentes e outros utentes da nossa cidade? Isto irá acabar com o resto do comércio de Paredes. Perante isto pergunto, é ou não verdade que o resultado da nossa aposta foi o “2”, melhor dizendo perdemos em casa. Espero que na próxima aposta o resultado seja diferente.

José Henriques Soares
(www.forumdasregioes.blogspot.com e forumdasregioes@gmail.com)