O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Portugal tem excesso de hospitais.

Mais uma "asneira sublime", na perspectiva do Fórum das Regiões. Só faltava vir a ERS, agora, dizer que temos excesso de Hospitais, quando no passado diziam que temos excesso de médicos e andam agora a contratá-los na América do Sul!!.

O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) defende que Portugal tem excesso de hospitais e considera que é necessário encerrar algumas unidades sem que se ponha em causa o acesso dos cidadãos aos cuidados.

Segundo Jorge Simões, mais de metade dos 278 concelhos portugueses são abrangidos por mais do que um estabelecimento hospitalar financiado pelo Serviço Nacional de Saúde, o que pode indicar excesso de oferta.
Os dados foram apresentados esta quarta-feira durante uma conferência em Lisboa, promovida pelo Instituto Nacional de Administração, sobre as medidas acordadas entre o Governo e a troika (constituída pelo Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
Para o presidente da ERS, esta é uma "boa ocasião para tomar decisões difíceis", por isso espera que o próximo Executivo tenha coragem.
Apesar de estar convencido que a rede hospitalar é excessiva, Jorge Simões diz que é ainda preciso fazer estudos técnicos caso a caso.
"As pessoas têm de perceber que Portugal está a passar por uma situação de grande dificuldade", alerta o responsável, lembrando que os cidadãos devem compreender que a segurança nos cuidados de saúde é fundamental.
"Não faz sentido ter a 15 minutos de um hospital outro pequeno hospital com um ou dois pediatras ou com um ou dois obstetras e que não dê resposta com qualidade necessária e que crie despesa que não faz sentido", exemplificou, em declarações à agência Lusa.
Na opinião do presidente da ERS, encerrar "meia dúzia de pequeníssimos hospitais não causa problemas graves às pessoas".
Para que isto seja entendido é necessário entrar em conversações com os autarcas das zonas onde haja encerramentos, explicando as razões.
Outra medida defendida por Jorge Simões é a utilização mais eficiente das profissões de saúde, alargando por exemplo as funções dos enfermeiros.
"É necessária uma combinação mais eficiente dos profissionais. Algumas tarefas podem ser exercidas por pessoal não médico sem perda de qualidade", sugere.

Fonte: Correio da Manhã

Deputados que saem podem receber ajuda de 72 mil euros

O Fórum das Regiões constatou esta sublime vergonha. Num País à beira do abismo e onde se "calcam" os restos da dita classe média, uns senhores deputados irão receber subsídio de reintegração!!! (para se reintegrarem onde?) e outros um vencimento por cada semestre em funções!!! (os outros trabalhadores quando são despedidos e aqui não é o caso, não recebem um vencimento por cada ano de trabalho?). Pouca vergonha...

Os deputados que não foram eleitos ou ficaram de fora das listas já começaram a pedir as ajudas a que têm direito.

Segundo o "Jornal de Notícias", alguns deputados que saem após 12 anos ou mais no cargo já começaram a pedir o subsídio de reintegração, que em alguns casos pode atingir os 72 mil euros.

Vera Jardim, deputado socialista, confirmou que já pediu esta subvenção. Como esteve 22 anos entre o Parlamento e Governo, receberá mensalmente 80% do vencimento de deputado. Quem estava no cargo desde 2005, mas não somou 12 anos, tem direito a um vencimento mensal por cada semestre em funções.

por DN.pt

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Milhões a caminho de Madrid

O Fundo de Coesão da União Europeia tinha 600 milhões de euros disponíveis para financiar as linhas de TGV entre Lisboa e o Poceirão, entre Porto e Lisboa, e entre Porto e Vigo (não confundir com o troço Poceirão-Caia, que tem garantidos 350 milhões de euros do mesmo Fundo). Mas isso foi antes de sermos atingidos por uma crise sem precedentes.

Depois de meses de muita teimosia, e quando já era óbvio que não tínhamos dinheiro para luxos, o Governo cessante acabou por ceder. Deixou cair, está bom de ver, as linhas que ligariam o Porto à capital e à Galiza, nunca por nunca a que ligará a capital a Madrid e daí à Europa civilizada. Podia não haver luxos para o resto do país, mas Lisboa é Lisboa, não é paisagem e merece o melhor.
Desistiu então o Governo de qualquer projecto de alta velocidade que envolvesse a cidade do Porto, mas não desistiu de abocanhar, mais uma vez, todo o dinheiro para Lisboa e arredores. Há muito que os autarcas do Norte reclamavam que esse dinheiro fosse usado, em alternativa, no projecto de expansão do metro do Porto. Alguns eurodeputados até se deram ao trabalho de perguntar aos burocratas de Bruxelas se era possível desviar o dinheiro de um lado para o outro. Até porque, a alternativa ao reaproveitamento destes 600 milhões, era deixar de contar com eles. Deitá-los ao lixo. Finalmente, há umas semanas, lá se percebeu que sim senhor, que só dependia dos portugueses reprogramar os fundos comunitários e usá-los em investimentos mais rentáveis, mais imediatos e provavelmente mais úteis. Ou seja, e entre outros exemplos, na segunda fase da rede do metro do Porto. E com isso, conseguir juntar mais 200 mil potenciais clientes aos que já enchem as carruagens todos os dias.
Ambição legítima, até para Bruxelas; ambição desmesurada, a julgar pelos burocratas lusos que decidem os destinos dos milhões que ainda chegam (por pouco tempo mais, é certo) da Europa. Tal como ontem noticiou o JN, já está feita a reprogramação dos fundos europeus, nomeadamente os tais 600 milhões que o Fundo de Coesão destinava ao TGV. A conclusão é mais do mesmo: nem um euro para o metro do Porto. Não é conhecido o destino exacto dessas centenas de milhões, mas, mais tarde do que cedo, haveremos de lhe encontrar o rasto, provavelmente a caminho de Madrid e a grande velocidade. Apesar da opacidade com que se decidem estas trocas e baldrocas de fundos europeus, há sempre coisas que se conseguem saber. Por exemplo, que ligar Lisboa a Madrid vai custar 1880 milhões de euros e que só este projecto tem mais verbas europeias atribuídas do que todos os projectos da Região Norte.