O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


terça-feira, 5 de março de 2013

AI SE PASSOS COELHO FOSSE HONESTO !


A REDUÇÃO das reformas e pensões são as piores, mais cruéis, e moralmente mais criminosas, das medidas de austeridade a que, sem culpa nem julgamento, fomos condenados pelo directório tecnocrático que governa o protectorado a que os nossos políticos reduziram Portugal.

Para os reformados e pensionistas, o ano de 2013 vai ser ainda pior do que este 2012. Os cortes vão manter-se ou crescer e, com o brutal aumento de impostos, a subida dos preços dos combustíveis, do gás e da electricidade, e o encarecimento de muitos bens essenciais, o rendimento disponível dos idosos será ainda menor.

Os aposentados são indefesos. Com a existência organizada em função dum determinado rendimento, para o qual se prepararam toda a vida, entregando ao Estado o estipulado para este fazer render e pagar-lhes agora o respectivo retorno, os reformados não têm defesa. São agora espoliados e, não tendo condições para procurar outras fontes de rendimento, apenas lhes resta, face à nova realidade que lhes criaram, não honrar os seus compromissos, passar frio, fome e acumular dívidas.

No resto da Europa, os velhos viram as suas reformas não serem atingidas e, em alguns casos, como sucedeu, por exemplo, em Espanha, serem até ligeiramente aumentadas. Portugal não é país para velhos. Os políticos devem pensar que os nossos velhos já estão mortos e que, no fim de contas, estamos todos mal enterrados...


Joaquim Letria, via e-mail

Salários e prémios pornográficos


Relógios, Banca, queijos e chocolates são quatro marcas do prestígio da Suíça. Um quinto referencial é tão ou mais apreciado: o instituto do referendo. As decisões dos suíços, nos cantões ou na confederação, são por regra referendadas pelo povo. A Democracia helvética confia nos eleitos para a governação, mas não lhes permite a libertinagem de poderem colocar-se a coberto do prazo de um mandato para fazer tudo quanto lhes dá na real gana. Há sempre um controlo remoto capaz de ser acionado - bastando no plano estadual a recolha de 100 mil assinaturas para submeter propostas de alteração a leis num prazo máximo de 18 meses.

A prática suíça tem, supletivamente, essa virtude: os eleitos estão avisados da impossibilidade de tratar os cidadãos como mentecaptos a todo o tempo.

O aprofundamento da Democracia na Suíça pela via do referendo dispõe de sinais constantes. E ontem voltou a ser paradigmático.

Um teimoso de nome Thomas Minder está com a falência da Swissair em 2001 atravessada há muito na garganta. A extinção da companhia de bandeira do país repercutiu os efeitos da crise do transporte aéreo, mas também uma gestão ao tipo "fartar vilanagem" da qual alguns administradores saíram de bolsos a abarrotar com muitos milhões. Thomas Minder defendeu a necessidade de criar regras, os governos suíços foram sendo sempre do contra, mas ontem, por fim, escancararam--se as hipóteses de mudança das leis.
Quase 68% dos suíços referendaram a necessidade de controlar salários e atribuição de prémios chorudos aos conselhos de administração das empresas cotadas em bolsa - encurtando também os mandatos para um ano. Afinal, na Suíça como noutros países, incluindo Portugal, há gestores a receberem verbas pornográficas, em detrimento da constituição de reservas nas empresas e distribuição de dividendos aos acionistas. No caso português, aliás, é conhecido o escândalo de atribuição de prémios a administradores pelo desempenho de empresas cujos resultados ficam no vermelho retinto.

Ao resultado do referendo na Suíça - protagonizado pelos mesmíssimos cidadãos que votaram não há muito tempo a recusa de um aumento dos dias de férias - não é alheia, naturalmente, uma sede justicialista, eventualmente extremada.

Para todos os efeitos, no entanto, o fundamental é valorizar a autonomia do povo na tomada de decisões.
A Europa da União e os respetivos países parceiros não perderiam nada em tornar mais frequente - e efetivo - o referendo dos cidadãos. Organizada segundo partidos com tendência para se fecharem numa espécie de concha em instinto de defesa do emprego das cliques, a classe política faz mal em não tornar mais frequente a capacidade de decisão do povo. Mais cedo do que tarde cavará a sua sepultura.


Fernando Santos, no JN

Governo vai contratar empresa de recuperação de crédito do BPN


Fórum das Regiões: Upsss, então agora também é preciso contratar uma empresa privada para recuperar o crédito do BPN? Cá para nós que ninguém nos ouve, vamos pagar à dita empresa e não vamos recuperar crédito nenhum. Só esperamos que essa empresa não seja de Oliveira e Costa, ou de Dias Loureiro, etc, etc.



Governo vai contratar empresa de recuperação de crédito do BPN

 

O Governo vai contratar até julho uma empresa para gerir os 4,2 mil milhões de euros de créditos ao BPN, disse o Ministério das Finanças a deputados do PSD.

Segundo o documento, a que a Lusa teve acesso, esta segunda-feira, o concurso internacional para escolha de uma empresa de recuperação de crédito já foi lançado - a 18 de janeiro - e deverá estar "concluído até ao termo do primeiro semestre de 2013".

O concurso - que já tinha sido acordado com as entidades da troika - faz parte de uma tentativa de adotar "maior eficácia e eficiência" na recuperação dos créditos ao BPN por parte da Parvalorem, entidade que gere atualmente os créditos e ativos daquele banco, refere o documento.

A explicação foi dada na sequência de um pedido de esclarecimentos de um grupo de deputados do PSD, liderado por Duarte Marques, depois de várias notícias sobre suspeitas de incumprimento dos devedores.

"Havia várias notícias que diziam que determinadas empresas e pessoas não estavam a cumprir com as suas obrigações com o BPN, a pagar aquilo que deviam aos contribuintes portugueses. Quisemos que o Governo confirmasse isso e, numa altura em que se pedem tantos sacrifícios aos portugueses, queríamos saber se o Governo estava ou não a fazer tudo o que estava ao seu alcance para aumentar o nível de cobrança da dívida ao BPN", explicou à Lusa Duarte Marques.

Segundo o deputado, a resposta foi positiva, já que deu conta de que "há uma estratégia que está planificada e que o Governo está a usar todos os instrumentos ao seu alcance para recuperar o máximo montante de valor em dívida dos devedores ao BPN".


Fonte: Jornal de Notícias