O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano de 2013!

O Fórum das Regiões deseja a todos os seus "amigos", seguidores, leitores e demais interessados, o melhor ano de 2013 que cada um possa imaginar.

Certamente que isso não será fácil. Com o desemprego à porta ou a imigração como destino, com cortes nos salários ou nas pensões, com aumentos generalizados de preços e impostos, esse desejo, infelizmente, será dificil de concretizar.

Mas há que enfrentar a realidade seguindo o código de conduta dos NAVY SEALs americanos, se possível:

"O dia mais fácil, foi o de ontem.".


Excelente 2013 para todos,

José Henriques Soares

António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, Austeridade

António Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, austeridade e privilégios. Excertos:




«[...] O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação,sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e — pasme-se — no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar-se nem fazer a sua higiene pessoal.

O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respetivos tribunais, ou seja, aos seus locais de trabalho.

Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.»


Fonte: Jornal de Notícias

A tartaruga em cima do poste

Fórum das Regiões: Excelente registo sobre Passos Coelho. Nada opodia ser tão objetivo e correto...


Enquanto suturava um ferimento na mão do Prof. Adriano Moreira, golpe causado por um caco de vidro indevidamente deitado no lixo, o médico e o paciente começaram a conversar sobre o país, o governo e, fatalmente, sobre o Passos Coelho.

O Professor disse:

- Bom, o senhor sabe... o Passos Coelho é como uma tartaruga em cima do poste...

Sem saber o que o Adriano Moreira quis dizer, o médico perguntou o que significava uma tartaruga num poste.

O professor respondeu:

- É quando o senhor vai seguindo por uma estrada, vê um poste e lá em cima tem uma tartaruga a tentar equilibrar-se. Isso é uma tartaruga num poste".


Perante a cara de interrogação do médico, o velho professor acrescentou:

- Você não entende como ela chegou lá;

Você não acredita que ela esteja lá;

Você sabe que ela não subiu para lá sozinha;

Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;

Você sabe que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;

Você não entende porque a colocaram lá;

Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá, e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o lugar dela.

Anónimo.

Silva Lopes: Sobre a entrada no euro "Ferreira do Amaral tinha mais razão que eu"

Fórum das Regiões: Ora bolas, agora...! Vá lá, mais vale tarde do que nunca. Como é possivel conviverem com uma mesma moeda, países que crescem e países que regridem, económicamente falando???...


Silva Lopes diz que é fundamental corrigir os desequilíbrios macroeconómicos em Portugal. É preciso mais investimento, e também mais poupança.

O economista Silva Lopes lembrou esta tarde a relutância de Ferreira do Amaral em relação à adesão à moeda única, e afirmou que "apesar de ter reservas, fui a favor da entrada no euro". "Passados estes anos, Ferreira do Amaral tinha mais razão que eu", acrescentou.


Na sessão de homenagem a João Ferreira do Amaral, realizada no ISEG, Silva Lopes mostrou-se preocupado com a evolução da economia nacional e com as perspectivas de crescimento no médio e longo prazo. "A evolução do PIB potencial é muito inquietante. O País não pode encarar a hipótese de crescer menos de 2%, se não corremos o risco de não aguentar o Estado social e a dívida", disse o economista.


Silva Lopes defendeu que "o País não pode progredir sem uma taxa de investimento bruta de pelo menos 20% do PIB", e que a taxa de poupança deveria aumentar em quatro pontos percentuais. "A poupança pública tem sido negativa na maior parte dos anos. Para chegarmos ao objectivo de mais 4% é preciso que o Estado passe a gerar poupança positiva, porque mexer nas poupanças dos privados é muito difícil". "A correcção dos desequilíbrios macroeconómicos é fundamental", sublinhou.


No entanto, o antigo ministro das Finanças reconhece que "nada influencia tanto o crescimento português como o ambiente internacional".


"A nossa organização política não é encorajadora, temos o problema dos grupos de interesses, falta de transparência, falta de responsabilização", criticou Silva Lopes. "Devíamos ter uma organização para coordenar a realização de estudos e que não se limitassem a fazer analises, que apresentassem propostas."


Rita Faria: afaria@negocios.pt

O de cima diz bem do de baixo

Ao ver que não o ia conseguir domesticar, Lisboa recebeu-o com pedras. A campanha suja contra o bastonário eleito pelos advogados da província decorreu com o profissionalismo que Fernando Gomes testemunhou quando teve a fraqueza de trocar o lugar de melhor presidente da Câmara que o Porto teve por um gabinete subalterno na esquina do Terreiro do Paço, onde Manuel Buíça feriu de morte a Monarquia.

A campanha falhou no que estava programado ser o ato final da lapidação, o tribunal da TVI onde a tonta Moura Guedes teve a imprudência de chamar bufo a um homem que após ter sido preso pela Pide, em Coimbra, aguentou como um herói as humilhações, os três dias e três noites de interrogatórios e os 34 dias no isolamento, em Caxias.

O arraso que o bastonário deu à apresentadora televisiva, que por ter a boca maior que o cérebro está sempre a tentar dar passadas maiores que a perna, é um dos meus vídeos favoritos (a par do dos golos do 5-0 que o meu Porto deu ao Benfica do Marinho), que de vez em quando revisito no YouTube. É um espetáculo de cidadania.

Tenho muito orgulho em ser amigo do Marinho, de quem fui colega durante quase 20 anos, na Redação do "Expresso", quando ele usava o nome António Marinho.

Um das coisas que mais admiro nele é que ao longo das suas sucessivas reencarnações - universitário revoltado com a ditadura, professor, advogado, jornalista e bastonário - nunca teve medo de dizer o que pensa em voz alta e de pertencer aquele raro grupo de pessoas que quando lhe fazem uma pergunta a sua resposta não tem por objetivo agradar a quem a fez.

Com o Marinho e Pinto, bastonário reeleito por maioria absoluta e com a maior votação de sempre, estive apenas umas duas ou três vezes, a última das quais, há quase dois anos, terminou à mesa, à volta de um leitão, no Albatroz.

Mas, para além de coabitarmos um vez por mês esta página do nosso JN, vou acompanhando e aplaudindo à distância o seu combate por uma justiça mais barata, contra a soberba dos juízes, que se julgam donos dos tribunais, e um Parlamento que se tornou numa central de tráfico de influências, onde os deputados podem ter clientes com interesses nas leis que eles fazem.

Gostei da frontalidade com que avisou os estudantes para fugirem do cursos de Direito, evitando assim que a massificação acentue a proletarização e degradação da classe. E assino por baixo quando ele, de sobrolho carregado, denuncia uma Justiça injusta, cheia de silêncios e mentiras, que se curva perante os ricos e poderosos - e maltrata os pobre e desprotegidos.

Mas o que mais tenho a agradecer ao meu amigo Marinho é ter desmentido a fatalidade dos provincianos, como nós, se deixarem corromper pelo luxo e prazer - o cheiro a canela... - de Lisboa, tão bem caricaturado por Camilo, em "A queda de um anjo", na pessoa do deslumbrado fidalgo minhoto Calisto Elói.

Jorge Fiel, no JN