O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Silva Lopes: Sobre a entrada no euro "Ferreira do Amaral tinha mais razão que eu"

Fórum das Regiões: Ora bolas, agora...! Vá lá, mais vale tarde do que nunca. Como é possivel conviverem com uma mesma moeda, países que crescem e países que regridem, económicamente falando???...


Silva Lopes diz que é fundamental corrigir os desequilíbrios macroeconómicos em Portugal. É preciso mais investimento, e também mais poupança.

O economista Silva Lopes lembrou esta tarde a relutância de Ferreira do Amaral em relação à adesão à moeda única, e afirmou que "apesar de ter reservas, fui a favor da entrada no euro". "Passados estes anos, Ferreira do Amaral tinha mais razão que eu", acrescentou.


Na sessão de homenagem a João Ferreira do Amaral, realizada no ISEG, Silva Lopes mostrou-se preocupado com a evolução da economia nacional e com as perspectivas de crescimento no médio e longo prazo. "A evolução do PIB potencial é muito inquietante. O País não pode encarar a hipótese de crescer menos de 2%, se não corremos o risco de não aguentar o Estado social e a dívida", disse o economista.


Silva Lopes defendeu que "o País não pode progredir sem uma taxa de investimento bruta de pelo menos 20% do PIB", e que a taxa de poupança deveria aumentar em quatro pontos percentuais. "A poupança pública tem sido negativa na maior parte dos anos. Para chegarmos ao objectivo de mais 4% é preciso que o Estado passe a gerar poupança positiva, porque mexer nas poupanças dos privados é muito difícil". "A correcção dos desequilíbrios macroeconómicos é fundamental", sublinhou.


No entanto, o antigo ministro das Finanças reconhece que "nada influencia tanto o crescimento português como o ambiente internacional".


"A nossa organização política não é encorajadora, temos o problema dos grupos de interesses, falta de transparência, falta de responsabilização", criticou Silva Lopes. "Devíamos ter uma organização para coordenar a realização de estudos e que não se limitassem a fazer analises, que apresentassem propostas."


Rita Faria: afaria@negocios.pt

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