O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

Este país não é para corruptos

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer


Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto- é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.

O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

Ricardo Araújo Pereira

quinta-feira, 12 de abril de 2012

OCDE. Economia deverá continuar a deteriorar-se em Portugal e a melhorar na Grécia e Irlanda

Fórum das Regiões: Acreditemos que os senhores da OCDE não percebem nada do assunto. O Sr. Coelho eo o Sr. Gaspar é que sabem...

A atividade económica em Portugal deverá continuar a cair em Portugal, mas poderá apresentar melhorias na Grécia e Irlanda nos próximos meses e mesmo na totalidade da zona euro, prevê a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Os indicadores compósitos divulgados hoje -- que apontam a tendência de crescimento ou queda a acontecer num período em média à volta de seis meses (entre 4 a 8 meses) -- relativos a Portugal apresentaram nova queda em fevereiro, aprofundando a perspetiva de contração para o futuro próximo.

A deterioração das perspetivas de crescimento de Portugal têm vindo a agravar-se a acumulam já mais de doze meses consecutivos em queda, estando significativamente abaixo da média de longo prazo e das médias estimadas para o conjunto da zona euro e da OCDE.

As perspetivas já são positivas no que dizem respeito à média da zona euro, que apresenta uma melhoria em fevereiro pela primeira vez nos últimos doze meses, uma tendência que se começa a confirmar também nos países europeus que fazem parte da OCDE.

No caso das sete maiores economias do mundo, as perspetivas apontadas nestes indicadores compósitos dão conta de um maior ritmo de crescimento, com a OCDE a considerar que existem sinais que a retoma poderá estar a ganhar força nos principais motores da economia mundial.

Nos outros países da zona euro que estão atualmente sobre programas de ajustamento com apoio financeiro da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional, as perspetivas parecem ser mais animadoras que no caso português.

A Irlanda acumula já cinco meses consecutivos de crescimento nestes indicadores compósitos, e a Grécia com quatro meses consecutivos de subidas mensais nos seus indicadores.


Por Agência Lusa, publicado em 10 Abr 2012

Trabalho é crime?

A actividade mais penalizada pelo Estado português é o trabalho. A legislação trata o trabalhador como um criminoso. Ao mesmo tempo, o Fisco castiga os empresários criadores de emprego. Neste cenário, as empresas que criam e mantêm postos de trabalho constituem rara excepção. O desemprego é a consequência inevitável.

Com o modelo vigente, um trabalhador que ganhe o salário médio, cerca de 900 euros, recebe líquido cerca de 711 euros. Isto porque tem de descontar 11% para a Segurança Social, para além duma taxa aproximada de 10% de IRS. Os trabalhadores lamentam-se por receber pouco. E têm razão.

Mas, para garantirem esse salário, os patrões têm de dispor de mais do dobro. Aos 900 euros, a empresa tem de acres-cer mais 23,75% de taxa social única, a que se vem juntar 1% de seguro, perfazendo um total mensal de 1123 euros.

Se nos lembrarmos ainda que o trabalhador recebe 14 meses e que tra-balha apenas 11, este valor deve ser ponderado e já vamos em 1429 euros mensais de encargos. Pagando um salário de 900 euros, os patrões queixam-se de que pagam muito. E, tal como os seus colaboradores, também têm razão.

Feitas as contas, o trabalhador recebe menos de metade do que a empresa gasta com ele. Absurdo!

Se os patrões pagam muito e o trabalhador recebe pouco, para onde vai o diferencial? Por um lado, para tentar equilibrar os fundos de uma Segurança Social falida. E, por outro, para alimentar os vícios dum Estado imenso, incompetente e corrupto.

Os últimos governos têm vindo a agravar esta situação, aumentando o esforço fiscal sobre os trabalhadores.

Quando Pedro Passos Coelho anunciou a baixa da taxa social única parecia querer inflectir este rumo. Mas esta foi afinal mais uma promessa não cumprida.

Iremos pois continuar na senda dos salários de miséria e da falência de empresas.

Este modelo fiscal persegue os trabalhadores e os empresários e serve apenas os interesses da oligarquia minoritária que se alimenta da imen-sa manjedoura que é o Orçamento do Estado.

Por:Paulo Morais, Professor Universitário

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Mário Soares apanhado a 199 km/hora na A8

Fórum das Regiões: Os impostos dos desgraçados dos cidadãos também servem para isto! Porque será que o Sr. Coelho e o Sr. Gaspar não cortam estas mordomias/gorduras? Valha a verdade, que também há autarquias, cujas multas por uso do telemóvel em condução pelo respetivos autarcas, são pagas pelo erário público, não é verdade Sr. Celso Ferreira?

Mário Soares foi apanhado a 199 km/hora na A8, terça-feira. Informado sobre o valor da coima, o antigo Presidente da República terá dito aos agentes do Destacamento de Trânsito de Leiria da GNR de que seria "o Estado a pagar a multa".


O antigo Presidente da República era conduzido pelo motorista, num carro oficial, registado em nome da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças.

O Mercedes Benz S350 4Matic em que Mário Soares seguia foi fotografado pelas 15.05 horas, em Leiria, em excesso de velocidade, escreve esta quarta-feira o "Correio da Manhã".


Fonte: Correio da Manhã