As parcerias público privadas foram postas em causa e bem, pelo PSD enquanto oposição, porque de fato elas foram o expoente máximo do descalabro das contas do estado, no seu sentido mais lato.
A verdade é que também em inúmeras autarquias, muitas delas geridas por autarcas sociais democratas, este modelo de gestão foi usado e abusado, em nome da realização de obras, muitas de interesse duvidoso para os cidadãos, mas talvez importantes para a própria imagem desses autarcas.
Vejamos o exemplo de Paredes. O autarca social democrata Celso Gomes Ferreira, adjudicou a construção de um parque de estacionamento com cerca de 300 lugares, numa zona próxima da Câmara, naquilo que não é mais, do que uma “PPPP – Parceria Público Privada de Paredes”. Deste negócio sairá lesado o orçamento municipal e o interesse público concelhio, mas sairá beneficiado claramente o parceiro privado.
Deste ruinoso negócio para o município, para além de muitos outros aspetos perniciosos, ressalta logo à vista um, demasiado evidente e que todos perceberão:
- Sendo que o contrato/concessão foi assinado há cerca de 6 meses, podemos todos verificar que ainda não há sinal de obras, mas a empresa já está a lucrar. Isto, porque semanalmente ou quinzenalmente é feita a recolha do dinheiro que os cidadãos pagam para estacionar os seus veículos, nas zonas com parcómetros que existem em inúmeras vias públicas da cidade, e esse dinheiro vai direitinho para a conta da dita empresa privada, quando anteriormente era receita do município.
Assim não! Mas vamos acompanhando o descalabro financeiro da autarquia, com cenas dos próximos capítulos, para breve.
Vale do Sousa, 9 de Agosto