O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Câmaras Municipais sofrem de esquizofrenia?

Segundo o omnipresente Ministro que "manda" no Governo, os Presidentes de Câmara sofrem de esquizofrenia. A ser assim, é uma questão para Paulo Macedo resolver, ou seja, é um problema de saúde! Só falta é saber se pagarão ou não as taxas moderadoras.

Segundo Relvas, todos os municípios querem mudanças, mas só para os outros. Parece-me que isto é verdade, mas julgo que Relvas se esqueceu de referir que o mesmo se passa a nível central e ao nível dos partidos, inclusivé o seu. Então, não é verdade que os partidos funcionam hoje, para pior, como funcionavam há 37 anos atrás? Que moral têem estes políticos para pedir que os cidadãos se adaptem a um "novo mundo" e a um novo paradigma, se eles não o fazem internamente?

E quais são as "profundas reformas na administração central e local"? Relvas que explique, porque os cidadãos ainda não perceberam.

Já agora que falamos de esquizofrenia e referindo-me específicamente ao meu concelho, Paredes, subentendo que o autarca local deverá padecer deste problema e que se deverá "deitar" nas mãos de Macedo. É que Paredes tinha até 2005, 4 cidades (Paredes, Rebordosa, Lordelo e Gandra), mas neste momento já vai em 8 cidades:

- A 5ª foi a "Cidade Desportiva de Paredes", que é uma vergonha para o concelho e para a cidade;
- A 6ª foi a "Cidade Inteligente", que antes de o ser, já não era!;
- A 7ª é a "Cidade Desportiva de Gandra", uma curiosidade;
- A 8ª é uma novidade de Celso Ferreira, a "Cidade Universitária"! Ora, num tempo em que o número de alunos diminui, as universidades fundem-se, o número de cursos diminui, é exatamente agora que este fala em "Cidade Universitária". Que sentido isto tem?

A conclusão, segundo Relvas, é que Celso Ferreira estará esquizofrénico.

José Henriques Soares

Syriza:"Queremos a Grécia dentro da Europa e dentro da Zona Euro"

Fórum das Regiões: Agora vai chegar a "hora da verdade" para a Europa. Tsipras vai fazer (veremos se sim?) aquilo que Passos Coelho não teve coragem para fazer. O que acontecerá, com uma vitória do Syriza Grego?


Se for eleito primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, o líder da Coligação da Esquerda Radical, quer renegociar o acordo de resgate. Porque a actual política de austeridade empurra todos "para o inferno". Há parceiros para a renegociação? Sim, diz Tsipras: Espanha, Itália ou Portugal. Não há é margem para dúvidas: o Syriza quer a Grécia no euro.

"Queremos a Grécia dentro da Europa e dentro da Zona Euro". A garantia foi dada por Alexis Tsipras, o líder da força política que tem liderado as sondagens na Grécia, a Coligação da Esquerda Radical, ou Syriza.
A permanência no euro é um dos objectivos de Tsipras. Mas sem a austeridade que tem sido aplicada à Grécia, e ao Velho Continente, até aqui. "Queremos mudar as medidas de austeridade, tanto na Grécia como na Europa", indicou o político grego numa entrevista à CNN.

"Toda a gente entende, agora, que esta política nos vai levar directamente para o inferno. E queremos alterar este caminho", defendeu o líder da segunda força política mais votada nas eleições legislativas gregas de 6 de Maio.

"Não queremos uma catástrofe total na Zona Euro e na Europa. Ao mesmo tempo, não queremos regressar ao dracma. Porque teremos, na Grécia, os pobres a terem dracmas e os ricos a comprarem tudo com euros", acrescentou Alexis Tsipras.

As sondagens têm atribuído ao Syriza uma votação mais elevada nas próximas eleições de 17 de Junho. O partido é mesmo, de acordo com os estudos de opinião, a força em que os gregos mais querem votar.

Se for eleito nessa eleição, Alexis Tsipras já sabe o que vai fazer. "Antes de tudo, vamos cancelar as medidas de austeridade no memorando [definido com a troika]", avança, na mesma entrevista, reforçando uma ideia que tinha já dito quando ainda se tentava formar um governo de coligação, na semana passada. "Vamos cancelar o memorando", resumiu.

Portugal poderá ser parceiro na renegociação

"Vamos renegociar, a nível europeu, sobre um caminho comum para sair da crise", continuou. Questiona a jornalista da CNN: Haverá parceiros para a renegociação? "Penso que vamos encontrar parceiros. Primeiro que tudo, nos países do sul [da Europa]. Penso que vamos ter os mesmos problemas [que a Grécia verifica] com Itália, Espanha, Portugal e também com Irlanda. Acredito, igualmente, que vamos encontrar parceiros na Europa Central", disse o dirigente da Coligação da Esquerda Radical, sem acrescentar como poderá ser essa renegociação concretizada com países como a Alemanha.

"Acredito que a situação política na Europa vai mudar", acrescentou, salientando que a eleição de François Hollande para presidente da França deu um impulso positivo. Porque é preciso uma "solução comum" para resolver uma crise que não é grega mas sim europeia, na opinião de Alexis Tsipras.


Diogo Cavaleiro  - diogocavaleiro@negocios.pt

O "lado positivo"

Conta-se a história daquele operário da construção civil que gemia sob um bloco de cimento que lhe caíra em cima e de quem alguém, provavelmente um primeiro-ministro, se aproxima e pergunta: "Dói muito?". O infeliz terá respondido: "Não, só quando me rio".

A história fica-se por aqui mas, depois da mensagem de Passos Coelho aos desempregados, não é difícil imaginar como terá prosseguido, com o tal primeiro-ministro a lembrar ao "piegas" que a paraplegia "não pode ser um sinal negativo (...), tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida". Pode, por exemplo, digo eu, representar a oportunidade de uma carreira paraolímpica.

O humor negro de Passos Coelho, dirigindo-se àqueles sobre quem diariamente cai o bloco de cimento da austeridade para lhes mostrar o "lado positivo" da situação, com a sua crítica à "pieguice" ou o conselho aos jovens para que façam a trouxa e desapareçam, daria o livro de autoajuda em tempos de crise que Max Aub nunca escreveu.

Temos todos muito que aprender com o espírito positivo de amigos de Passos Coelho como Eduardo Catroga, que juntou 45 000 euros mensais na EDP à pensão de 9600 euros que já recebia, lembrando que esse facto devia ser visto pelo "lado positivo": "50% do que eu ganho vai para impostos. Quanto mais eu ganhar, maior é a receita do Estado (...) para políticas sociais".

Manuel António Pina, no JN

Mais cm2, menos cm2

Um pequeno incidente marcou a chegada desta primavera chuvosa. A 20 de março, fiz nesta Praça da Liberdade uma pergunta retórica: "Para que serve o presidente da República?", a que dei uma resposta disfarçada de conselho: "Não vale responder: para torrar 17 milhões de euros/ano, que é quanto custa manter a Presidência da República, cujos gastos subiram 31% nos cinco anos do primeiro mandato de Cavaco".

Esta frase, que gastou 10 cm2 do nosso JN (e usou números publicados e nunca antes desmentidos), não caiu bem em Belém, que enviou uma clarificação logo publicada, ocupando 248 cm2 da edição de 21 de março, o que coloca duas questões.

Faz sentido dar à clarificação de uma frase um espaço 24,8 vezes superior ao ocupado pela frase que clarifica?

Apesar de um não ser muito tentador, eu respondo que sim. Sim, porque o respeito que a Presidência da República (PR) nos deve merecer exige que lhe seja concedida toda a latitude para esclarecer a maneira como ela gasta os dinheiros públicos.

Quem tem razão? Eu ou Cavaco? Aqui a resposta certa é os dois. Belém diz que em 2006, no ano em que Cavaco assumiu funções, o Orçamento da PR foi de 17 milhões de euros. É verdade. Eu digo, em 2006, a verba inscrita no Orçamento para o funcionamento da PR foi de 14,1 milhões. Também é verdade. Uma coisa é verba inscrita outra é verba gasta. Belém diz que tem vindo a diminuir as despesas e compara os 17 milhões, gastos em 2006, com os 15,1 milhões inscritos no Orçamento 2012. É verdade. Eu digo que comparando o último ano completo de Sampaio com o primeiro de Cavaco, as despesas de funcionamento da PR subiram 2,53 milhões, ou seja 19%.

Podia estar aqui a gastar cm2 de jornal a fazer comparações, dispondo os números à luz da perspetiva que melhor ilustra o meu ponto de vista, mas sinto que não só não posso (o espaço desta crónica é finito: 220 cm2) como também não devo fazê-lo.

Não sei se deva comparar os 16 milhões de euros que PR portuguesa gastou em 2011 com os 8 milhões de euros gastos nesse ano pela Casa Real espanhola.

Sei que corro o risco de passar por monárquico ao comparar os 1, 6 euros que Belém custa, em média, a cada português, com os 0,93 euros que a Coroa britânica custa aos seus súbditos, ou os 55 cêntimos per capita que os suecos pagam para manter o Carlos XVI Gustavo, rainha Sílvia e respetiva família.

E não quero parecer demagógico ao comparar os 500 funcionários dependentes do Palácio de Belém com os 400 ao serviço do Palácio de Buckingham.

Se calhar vou abster-me de criticar o que me parece serem os gastos excessivos de Belém, porque, como bem sublinhou a PR na sua clarificação de 248 cm2, os 16 milhões de euros cobrem também as despesas do Museu da Presidência, o Conselho de Estado e os conselhos das ordens honoríficas, bem comos gabinetes dos anteriores chefes de Estado - e se Eanes é austero (no seu tempo a PR gasta 163 vezes menos que agora), já não ponho as mãos no fogo por Soares, que noutro dia até queria pôr-nos a pagar os 300 euros de multa que apanhou por ser apanhado a 200 à hora.

Jorge Fiel, no Jn

Portugal entre os cinco países da OCDE onde o emprego mais recuou

Fórum das Regiões: Porque será que, sim!!!...

Portugal é o 5.º país da OCDE onde a taxa de emprego mais caiu desde o início da crise, recuando 5,5 pontos percentuais entre o segundo trimestre de 2008 e fins de 2011.

De acordo com dados hoje divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a taxa de emprego (proporção de pessoas empregadas entre os 15 e os 64 anos) em Portugal passou de 68,5% no segundo trimestre de 2008 para 63% no quarto trimestre de 2011.

A Irlanda, com um recuo de 9,1 pontos percentuais, a Grécia, com menos 8,2 pontos percentuais, a Espanha, com menos 8,1 pontos percentuais, e a Islândia, com menos 5,8 pontos percentuais, foram os países da OCDE onde a taxa de emprego mais regrediu.

Segundo a OCDE, Portugal surge também no grupo de países -- a par da Dinamarca, Grécia e Islândia - onde a taxa de emprego entre os jovens (com 15 a 24 anos) diminuiu 10 ou mais pontos percentuais desde o início da crise.

No caso da Irlanda e de Espanha, este recuo foi superior a 15 pontos percentuais.

Globalmente, a taxa de emprego nos países da organização fixou-se nos 64,9% no quarto trimestre do ano passado, menos 1,6 pontos percentuais do que os 66,5% registados no segundo trimestre de 2008

Fonte Jornal de Negócios