O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

TGV Porto-Vigo e portagens na A28 considerados "fracassos e dissabores"

O Fórum das Regiões volta aqui a frizar o quanto lamentável é, ter um gestor desta euro-reguião que é nomeado pelo governo, logo por muito que fale, não tem autonomia, e passar o testemunho desta presidência a quem de facto representa a região da Galiza, porque é eleito pelo seu Povo:
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte criticou hoje, segunda-feira, a "paralisia da alta velocidade" entre Porto e Vigo e a "forma deselegante" como decorreu a introdução de portagens na A28.
Falando na abertura da cerimónia de entrega da liderança da Comunidade de Trabalho Galiza - Norte de Portugal ao presidente da Junta da Galiza, Carlos Lage considerou que o TGV entre Porto e Vigo "foi e é uma das grandes apostas da euro região [Galiza/Norte de Portugal] que os altos e baixos da política, mas sobretudo das fraquezas da economia e das finanças públicas portuguesas, comprometeram".
Apesar de reconhecer que o adiamento da ligação foi "imposto por tempos adversos e por ideias anacrónicas", Carlos Lage considerou ter sido "uma dura decepção", mais ainda porque sonha "desde há cinco anos" com o projecto.
Para o responsável, "o Estado português tem de acertar e garantir com as autoridades espanholas" esta ligação, considerando tratar-se de uma "questão inadiável".
Carlos Lage defendeu que o projecto tem que ficar "previamente resolvido" para que não se depare com "dificuldades técnicas intransponíveis" quando for retomado.
"Eu não quer acreditar que, dentro de alguns anos, a península esteja cruzada em todas as direcções por um comboio do nosso tempo e que Portugal mantenha o arcaico e isolado sistema ferroviário do século XIX, de bitola ibérica", frisou.

foto LEONEL DE CASTRO/ARQUIVO JN
Carlos Lage

ASSIM É (VAI) A POLÍTICA INTERNA… LOCAL!

(IS THE POLITICS, STUPID!)
Há cerca de 15 dias, aqui neste mesmo espaço de opinião falei sobre o estado da política interna a nível Nacional. Desta feita, acho que vale a pena falar da política interna a nível Local, concretamente no nosso concelho de Paredes.

Hoje mesmo, quando circulava na Rua Campo das Laranjeiras, verifiquei que fora colocada uma placa em frente ao antigo pavilhão gimnodesportivo municipal onde estava escrito “DISCOTECA MUNICIPAL *****”. Ora, pensei eu cá com os meus botões, este Presidente de Câmara tem um espírito iluminado (!!!), alugou o espaço e vai montar aqui uma “disco” municipal para angariar uns cobres para o erário público (!!!), que bem precisa. Alguém ao meu lado disse logo de imediato, já tem nome e estão a tratar da placa para a inauguração “Discoteca Celso Gomes Ferreira”.

Pelo que ouvi, idêntica placa será colocada pelo município na nova e fantástica (?) Cidade Desportiva, cuja inauguração está aprazada para o mesmo dia, só que no caso a placa terá inscrito “Cidade Desportiva Celso Gomes Ferreira”.

Permito-me agora descansar os Paredenses, em relação a algumas dúvidas que lhes podem assaltar as mentes, nomeadamente sobre a construção, ou não, da já famosa “Cidade Inteligente”, na zona centro e sul do concelho. Certamente que daqui a 3 ou 4 anos, o executivo municipal e a administração da empresa municipal terão concluído esta promessa. Mas, segundo informações que correm por aí, o edil paredense já tem em carteira 2 alternativas, para a mesma zona territorial, caso falhe o projecto inicial. A primeira alternativa, reporta-se a um acordo firmado com a Ferrari para instalar no local a “Cidade Ferrari”, que não é mais do que ali construir o 2º Parque Temático da Ferrari, idêntico ao que existe nos arredores da cidade de Abu Dhabi. A terceira alternativa, caso as primeiras não tenham a devida consequência, prende-se com negociações avançadas entre a Câmara Municipal e a NASA para ali construir um centro espacial (similar ao centro espacial Kenedy) e uma base de lançamento foguetões para exploração espacial da série Endevour. Segundo informações que chegaram até mim, a terceira alternativa é aquela que colhe mais simpatia junto de Gomes Ferreira, pelo que este aguardará que as primeiras não vão avante.

Por falar na NASA, a Câmara Municipal de Paredes vai instalar em todos os edifícios um sistema de controlo de assiduidade ultra-sofisticado, que tanto pode funcionar por toque do dedo ou pelo olhar. Trata-se de um sistema utilizado, certamente, nas instalações da NASA ou da CIA e agora, o toque de classe de Gomes Ferreira, no Município de Paredes. Para quem não tem dinheiro para mandar reparar os sistemas de vigilância que algumas instalações municipais já possuem, é um bom esforço. Até parece que as dificuldades financeiras que a autarquia atravessa, é culpa dos seus funcionários e respectiva assiduidade! Mais uma decisão ignóbil.

Noutra latitude municipal, decorreram recentemente as eleições para a Fundação e Cooperativa “A LORD”. O Presidente da Câmara Municipal, Gomes Ferreira, necessitando da fundação para fins que não vêm aqui ao caso, procurou utilizar os seus “truques de magia” para mudar a atual direção daquela instituição que é uma referência da freguesia de Lordelo. Foi “varrido” para debaixo do tapete com uma derrota humilhante.

Agora, mais a sério, dia 23 vamos a eleições…

Ao fim de 36 anos de suposta democracia, o País está à beira da falência. Os responsáveis por tal, têm nome e rosto, porque foram eles que ao longo destes anos ocuparam as cadeiras do poder. Cavaco Silva, Mário Soares, Guterres, Barroso e Sócrates, tudo gente conhecida. Há alguns que ainda insistem em enganar os cidadãos (e estes deixam!!!), como o candidato Cavaco.
Mas, ao fim destes 36 anos, houve um cidadão que se ergueu para dizer basta a este estado de coisas. Basta, a um estado armadilhado por estes partidos caciquistas. Basta, a estes partidos prepotentes e que humilham o Povo. Agora temos uma alternativa de voto num cidadão. Este tem um nome e um rosto. Chama-se FERNANDO NOBRE. Votemos nele no próximo dia 23 de Janeiro. Com NOBRE Presidente, Portugal será diferente.

José Henriques Soares
jhenriques1964@gmail.com

Políticos vão receber mais 680 mil euros pelas presidenciais

Enquanto eu próprio e o Fórum das Regiões defendemos que os candidatos em causa deveriam receber menos 53,7% de dinheiro (tanto quanto a abstenção tida no ato eleitoral), o estado faz o favor de lhes dar mais um bónus. Bonito, não é?
O Estado vai pagar mais pelas despesas dos candidatos às eleições presidenciais, porque o financiamento das campanhas será feito com base no Salário Mínimo Nacional e não no Indexante dos Apoios Sociais, noticia hoje o "Correio da Manhã".
De acordo com o "Correio da Manhã", a diferença entre o cálculo das subvenções pelo Salário Mínimo de 2008 (426 euros) e não pelo Indexante de Apoios Sociais (419,22 euros) "não é significativa", mas só para Cavaco Silva, Fernando Nobre, Manuel Alegre e Francisco Lopes os gastos extra chegam aos 61 mil euros.
O cálculo com base no Indexante de Apoios Sociais está estipulado nas novas regras do financiamento dos partidos, aprovadas no final de 2010.

por DN.pt25 Janeiro 2011

Pecado Capital

Portugal continua a sustentar uma capital imperial, mesmo quando já não há império. Sem o velho imenso território, de Melgaço a Timor, a Lisboa centralista entretém-se hoje a colonizar o continente. O regime político vigente impõe-nos um modelo de desenvolvimento (?) monstruoso em que se sacrifica todo o território aos privilégios da corte.
Para alimentar este sistema, os portugueses são fustigados com mais e mais impostos, cujo primeiro objectivo é o de sustentar uma oligarquia imensa instalada na capital. Esta casta é constituída por membros de umas tantas famílias que se distribuem pelos cargos de alta direcção da Administração Pública. Ocupam, de forma rotativa, os postos que conferem maiores regalias. Estes "boys" de luxo saltam dos ministérios para o Parlamento, daqui para os tribunais superiores, pululam entre os melhores "tachos", usufruem de todas as vantagens.
À sua volta e para os servir, concentra-se um séquito de funcionários. Só nas imediações do Terreiro do Paço, num raio de três quilómetros, estão sediados cerca de 60 mil funcionários públicos, distribuídos pelos mais diversos serviços governamentais. Estranhamente, há ainda milhares de empregados do Estado em ministérios cujos serviços estão descentralizados, como a Saúde ou a Segurança Social. Há até funcionários do Ministério da Agricultura que vivem em Lisboa e nunca devem ter visto uma couve. Mas a situação mais bizarra sente-se na Educação, onde mais de mil milhões de euros do respectivo orçamento são derretidos no gabinete ministerial.
E tudo isto, ao mesmo tempo que fecham escolas na província. Mas não só. Enquanto no Norte o desemprego cresce sem parar e o Interior se desertifica, ao mesmo tempo que pelo país encerram escolas, tribunais e serviços de saúde - na capital, todos os investimentos e esbanjamentos são possíveis, todos os pecados são permitidos: mais auto-estradas, expansão do metropolitano, nova travessia do Tejo, mais um aeroporto, novos teatros e museus...
Na capital não há limites, nem para a imaginação, nem para gastos incomensuráveis. Lisboa continuará a absorver todos os recursos do país.
Até quando vamos admitir este saque?