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O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aumento das SCUT acentua dificuldades de Paredes, onde fecham 10 empresas por mês

Fórum das Regiões: Finalmente alguém, de fato, preocupado com Paredes e o seu tecido empresarial...

O presidente da Associação Empresarial de Paredes considera que o aumento de 4,36% das portagens previsto para 2012 vai acentuar as dificuldades económicas do concelho onde, desde o início do ano, encerram todos os meses mais de uma dezena de empresas.

Gualter Morgado disse à Lusa que a situação já insustentável para grande parte das cerca de 700 empresas do concelho que se dedicam à produção de mobiliário.

"Obviamente o aumento das portagens vai onerar os custos numa altura em que as empresas não podem absorver mais custos e estão lutar pela sobrevivência", afirmou, prevendo que muitas possam fechar.

O concelho de Paredes é servido pela A4 e pela antiga SCUT do Grande Porto (A41e A42), a qual atravessa o núcleo industrial de Lordelo e Rebordosa, onde se concentra a maioria das unidades industriais.

O empresário disse à Lusa não perceber a dualidade de tratamento do Governo em relação ao norte, onde foram introduzidas portagens nas antigas SCUT, há mais de um ano, enquanto outras regiões continuam isentas de pagamento.

"Não se percebe esta desigualdade que prejudica a região que mais exporta no país", afirmou.

O concelho de Paredes é o maior produtor nacional de mobiliário, 70 por cento do qual para exportação, gerando cerca de 400 milhões de euros anuais de facturação e empregando cinco mil pessoas.

O dirigente diz não ter dúvidas que algo de muito complicado se vai passar nesta região se nada for feito para alterar o cenário de recessão que vive o país.

" Lusa lamentou que estejam a encerrar muitas empresas que até têm viabilidade económica, que apresentam resultados operacionais positivos, mas que não conseguem crédito para poderem corresponder à sua carteira de encomendas.

Segundo Gualter Morgado, enquanto não houver injecção de liquidez na economia, nomeadamente que o Estado passe a pagar atempadamente às empresas, será muito difícil alterar este cenário.

A maioria das empresas que tem encerrado é de pequena ou muito pequena dimensão, mas já se traduziu na perda de algumas centenas de postos de trabalho.

Essas unidades industriais, explicou o dirigente associativo, estavam muito dependentes do mercado nacional que entrou em recessão.

As empresas de maior dimensão, nomeadamente às que exportam, ainda vão resistindo, mas enfrentam grandes dificuldades devido às restrições na e obtenção de crédito na banca.

Jornal de Notícias

1 comentário:

  1. Grande Gualter Morgado, já que o autarca está calado como um fuso, valha-nos haver alguém que vai falando contra esta vergonha das SCUT e com aumeto prometido para 2012...!

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