Forum das Regiões: Ora aí está a austeridade que Passos Coelho preconiza, uns morrem à fome, outros, os ditos especialistas, auferem ordenados chorudos. Uma vergonha, para este governo e para este partido...
O Governo autorizou, esta quarta-feira,
salários mensais até 10 mil euros para o presidente da Agência de Gestão da
Tesouraria e do Crédito Público, João Moreira Rato, e até oito mil euros para
os dois vogais. Salários que são quase o dobro do que aufere o
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro tem um salário de 4892
euros, metade do que vai receber o presidente da Agência de Gestão da
Tesouraria e do Crédito Público, João Moreira Rato, autorizado pelo Tesouro a
receber uma remuneração mensal de até 10 mil euros.
Os vogais da IGCP também terão um rendimento
que supera o do primeiro-ministro e o de Cavaco Silva (6523 euros), ao serem
autorizados a receber salários de 7 a oito mil euros por mês.
A autorização foi assinada há uma semana pela
secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís de Albuquerque, e foi publicada em
Diário da República com efeitos retroativos a 2 de setembro do ano passado.
"É autorizada a opção pelo valor
correspondente à remuneração média dos últimos três anos", lê-se no
despacho publicado, que atribui à vogal Cristina Casalinho uma remuneração
mensal de 6998,45 euros e ao vogal António Pontes Correia 7960,49 euros.
Num outro despacho também publicado esta
quarta-feira, o Governo define que as remunerações dos membros do conselho de
administração do IGCP "correspondem às remunerações definidas para os
conselhos de administração das empresas classificadas no Grupo A", que empregam
mais que 1500 trabalhadores e um volume de negócios superior a 100 milhões de
euros.
Neste diploma, o Governo justifica a
autorização dada ao IGCP com a "especial complexidade técnica, exigência e
responsabilidade" exigíveis ao conselho diretivo desta Agência e lembra
que desde que foi criado, em 1996, estes titulares "tiveram remunerações e
regalias equivalente às mais elevadas legalmente admitidas para os membros dos
conselhos de administração das empresas públicas".
Em agosto do ano passado o IGCP foi transformado
em empresa pública, sob a forma de entidade pública empresarial.
Fonte: Jornal de Notícias
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