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O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Governo defende que educação e segurança social devem ser "o mais descentralizadas possível"

Fórum das Regiões: Num governo onde as políticas passam sempre pela centralização, cortes e desrespeito pelos alunos e pelos professores, como pode o Secretário de Estado falar em descentralização?


O secretário de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa defendeu hoje que áreas como a educação e a segurança social devem ser “o mais descentralizadas possível”, referindo que assim os problemas serão mais facilmente identificados e resolvidos.

“Há uma necessidade de refletirmos sobre a descentralização. As áreas sociais poderão ter um outro nível de resultados”, afirmou hoje Paulo Júlio na cerimónia de encerramento do ano letivo na Escola Básica e Jardim de Infância Galinheiras, em Lisboa.

À margem da cerimónia, o secretário de Estado reforçou a ideia, em declarações à Lusa: “as áreas sociais são áreas que devem ser o mais descentralizadas possível, no sentido de ficarem mais próximas das pessoas”.

Paulo Júlio deu a escola onde hoje esteve como “bom exemplo” da descentralização face ao poder estatal. “Isso já é feito de algum modo neste nível de ensino básico, no primeiro ciclo, mas de forma crescente deve ser refletida e continuada para outros níveis”, disse.

O governante acredita que em áreas como a educação e a segurança social, “a proximidade aos problemas permite identificá-los melhor”.

“Identificando melhor e diagnosticando melhor naturalmente que as soluções serão muito mais bem desenhadas”, defendeu.

A escola das Galinheiras, inaugurada em setembro de 2010, teve durante este ano letivo 60 crianças a frequentar o Jardim de Infância e 165 no 1.º ciclo, antiga escola primária.

De acordo com a coordenadora do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar, Paula Branco, 98 por cento das crianças que frequentam a EB1/JI das Galinheiras provêm de agregados familiares beneficiários do Rendimento Social de Inserção.

Em dois anos de funcionamento, de acordo com a professora, a taxa de abandono escolar naquele estabelecimento de ensino foi de “dois casos, resultantes do abandono das famílias do bairro”.

Paula Branco revelou também que nestes dois anos, os agentes do programa da PSP Escola Segura nunca foram chamados a intervir, estiveram na escola apenas para participarem em ações de sensibilização e formação.

Por Agência Lusa, Rodrigo Cabrita




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