O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

OE2012. Responsabilidade do incumprimento cabe ao FMI e à CE, diz Silva Peneda

Fórum das Regiões: E só agora é que chegaram a essa conclusão? Estranho, não?


No entender do responsável, o programa de ajustamento elaborado pela troika falhou, uma vez que "esqueceu a realidade do país"

O presidente do Conselho Económico e Social (CES) afirmou hoje que a "responsabilidade" dos sucessivos desvios das previsões macroeconómicas de 2012 cabem ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à Comissão Europeia (CE) que impuseram a Portugal um programa "mal desenhado".

"A responsabilidade fundamental do programa de 2012 cabe ao FMI e à CE e à forma como foi imposto um modelo perfeitamente desadequado à realidade da economia portuguesa", afirmou Silva Peneda, no parlamento.

O presidente do CES está a ser ouvido esta manhã na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Administração Pública sobre a Conta Geral do Estado de 2012.

Silva Peneda lembrou que os sucessivos desvios das previsões macroeconómicas de 2012 "mostram que as medidas impostas pela 'troika' e entretanto concretizadas eram desadequadas à realidade da economia e da sociedade portuguesas", uma ideia já expressa pelo CES no parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2012.

O presidente do CES remeteu para o parecer elaborado na altura que alertava para o facto de o caminho imposto pelos credores internacionais - FMI, CE e Banco Central Europeu (BCE) - não ser "o mais adequado para a recuperação da economia portuguesa".

No entender do responsável, o programa de ajustamento elaborado pela 'troika' falhou, uma vez que "esqueceu a realidade do país".

"O CES foi a primeira entidade que referiu que o programa da 'troika' foi mal desenhado e dissemos ao Governo que atacar dois objetivos da mesma forma - o desequilíbrio externo e o défice orçamental - era impossível num prazo tão curto", afirmou Silva Peneda perante os deputados.

Com base na aplicação do programa, em 2012 "acentuou-se a diminuição da procura interna, houve um desequilíbrio interno e por causa desta redução da procura e da recessão o défice não foi atingido", sublinhou.

Defendeu, por isso, numa altura em que se fala da saída da 'troika' em maio deste ano, a elaboração de um programa de médio prazo, a dez anos, que deverá contar com o consenso de todos os quadrantes da sociedade.

"Os problemas da economia portuguesa continuam, apesar da saída da 'troika'. Se não houver consenso, serão os credores a impor regras.


Fonte: Jornal I

Sem comentários:

Enviar um comentário