O Orçamento para 2014 vai ser
hoje entregue no Parlamento, mas por esta altura já ninguém acredita que a sua
filosofia seja diferente daquela que inspirava os orçamentos anteriores.
Vamos
certamente continuar ao nível das continhas de merceeiro, a ir buscar uns
milhões aqui mais uns milhões acolá, sempre fiéis à máxima de Passos Coelho e
Paulo Portas: sacar o máximo mexendo no mínimo.
É a homeopatia aplicada à
política. O doente está-se a finar, mas em vez de o levarem para a mesa de
operações, os nossos governantes continuam a ter medo das terapias invasivas e
a esperar que a coisa passe com umas infusões de austeridade. A grande tragédia
de Portugal não é o país estar a empobrecer.
A grande tragédia é o país estar a
empobrecer para nada.
JOÃO
MIGUEL TAVARES, no Publico
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