O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Fórum das Regiões: Como se costuma dizer "Quem te avisa, teu amigo é!".
O professor Adriano Moreira entende que a proposta do Orçamento do Estado para 2014 agrava as exigências feitas aos portugueses e deixa o alerta para os riscos sociais.
"O improvável está à espera de uma oportunidade", referiu o Presidente do Instituto de Altos Estudos da Academia de Ciências de Lisboa, que acrescentou: olhando para a História europeia, "as manifestações não disciplinadas pelos poderes existentes são sinal" disso.
"Penso que estamos a atingir o limite da resistência", sublinhou o professor, referindo que "a fome não é um dever constitucional".
Falando à margem do Seminário Internacional "Pensões sustentáveis e seguras no século XXI", o professor deixou a nota: "Há muito tempo que advirto que os portugueses atingiram a fadiga tributária" e o Orçamento agrava "essa fadiga tributária". "Isso exige bastante meditação sobre os efeitos sociais que venha a ter e até sobre os conselhos da Sophia de Mello Breyner, de que é preciso ir acolhendo as pressões, injustiças, peso, protestando mas guardando serenidade. Esta última parte começa a ser posta em risco", advertiu.
Também o presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal entende que existe a "ameaça" de instabilidade social. Para António Saraiva, os riscos existem "se as pessoas não percepcionarem que os sacrifícios valem a pena e têm resultados palpáveis, concretos, na melhoria da sua qualidade de vida".
 
"O ser sem esperança é socialmente perigoso", continuou o líder da CIP, acrescentando: "somos um país, como se costuma dizer, de brandos costumes, mas receio" que "se as medidas não tiverem correspondência a resultados concretos, socialmente, este balão possa, aqui e ali, rebentar por esta ou por aquela costura, não em termos de uma conflitualidade generalizada mas que possamos ter sinais de alguma explosão social".

António Saraiva apontou como pontos negativos do OE "a arrecadação de receita que é uma vez mais violenta" e o facto de não conciliar consolidação orçamental com factores de crescimento económico. O presidente da CIP recordou que já houve ministros a apontar no sentido do crescimento mas acrescenta que não vê sinais nesse sentido.
Fonte: Jornal Económico

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