Num artigo de opinião publicado no semanário Expresso, Ferreira Leite desconfia das projecções macroeconómicas apresentadas pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar, critica o aumento do IRS para os “ricos” e diz que cortar nas deduções fiscais fará mais mal do que bem.
Segundo Manuela Ferreira Leite, cortar nas deduções das despesas de saúde no IRS, por exemplo, pode ter o efeito contrário do pretendido, desestimulando a exigência de recibos e facilitando a fuga ao fisco por parte dos médicos. “O que se ganha com a diminuição das deduções não compensa o que se perde em tributação de rendimentos”, escreve a ex-presidente do PSD.
Quanto o aumento do IRS para os rendimentos maiores, Ferreira Leite diz que os escalões propostos na verdade incluem uma grande fatia da classe média, o que implicará um desvio da poupança e do consumo privado para cobrir os buracos orçamentais. “Tributar cada vez mais esta classe de rendimento é optar por aplicar a sua poupança na manutenção do nível da despesa pública, em vez de deixar que esta se encaminhe para financiar o investimento necessário ao crescimento do país”, diz Ferreira Leite, no seu artigo no Expresso.
A ex-ministra das Finanças afirma, ainda, que os cenários macroeconómicos do Governo assentam na presunção de que haverá uma certa evolução económica em Espanha e na Alemanha. “Não estou segura quanto a essa evolução”, escreve Ferreira Leite.
A ex-ministra das Finanças afirma, ainda, que os cenários macroeconómicos do Governo assentam na presunção de que haverá uma certa evolução económica em Espanha e na Alemanha. “Não estou segura quanto a essa evolução”, escreve Ferreira Leite.
Artigo de opinião - 03.09.2011 - Por PÚBLICO
Eu sabia que alguma vez viria a aplaudir Manuela Ferreira Leite
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