O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

UM DIA A REGIÃO “VEM ABAIXO”!!!

UM DIA A REGIÃO “VEM ABAIXO”!!!

Para que fique registado: "as inundações não acontecem porque os rios transbordam, mas sim porque o País afunda".
O Governo deste País anda a brincar com o fogo. Fazem o papel de uma criança birrenta, que testa a paciência dos pais até à exaustão, para perceber até onde estes vão ou quando cedem. O Governo anda a testar a região até ver onde esta vai ou quando cede. O vulcão está em ebulição constante. Um dia a lava soltar-se-á e depois veremos as consequências.
Já se referiram a este "caldeirão", por exemplo Carlos Laje, Presidente da CCDRN, que alertou o governo para a decepção que existe a Norte; Rui Rio, Presidente da Junta Metropolitana do Porto, que disse recentemente que "…as pessoas a Norte estão à beira de se poderem revoltar…"; Também Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto, avisou para "… o sentimento de revolta que se sente a Norte…"; Ainda, Manuel Clemente, Bispo do Porto, que chamou a atenção dos governantes para estes alertas que vêem de pessoas responsáveis na região.
Por tudo isto, temos de defender uma região responsável e todos nos devemos preocupar com o caos que esta atitude autista e centralista pode provocar.
A regionalização pode ser uma resposta a este estado de alma da região. Pode assumir este sentimento com responsabilidade.
Mas os partidos políticos existentes não querem isto, não querem perder importância, poder e representatividade. É por isto que nunca avançou definitivamente o processo de regionalização inscrito na Constituição da República desde 1991.
Assim sendo e dado que os actuais partidos não estão para aí virados, entendo estarem criadas as condições para o aparecimento de uma nova força política, com um novo paradigma de uso do poder e diferente nos seus princípios, mas que cumpra com este principio constitucional e dê voz activa às regiões. E não é só o Norte que está aqui em causa, também o Centro, o Alentejo e o Algarve. Quem não quis a criação das regiões administrativas no referendo de há 10 anos atrás? PS e PSD, os ditos partidos da alternância governativa. Porquê?
Julgo que já todos teremos percebido que, talvez, a coisa não vá lá com movimentos cívicos ou fóruns de reflexão. Temos de mexer "nos bolsos" dos partidos. Temos que disputar os votos do eleitorado região a região e concelho a concelho. Quando isso acontecer, os partidos políticos tradicionais olharão para a nova força política, como uma alternativa em quem os cidadãos podem depositar a sua confiança.
Aí, aprenderão a respeitar os cidadãos e os seus votos e olharão mais para aquilo que é a vontade destes e menos para a sua vontade própria. Vejamos todos a que ponto chegou o País. Como perguntei em artigo anterior, será que chegamos ao ponto de não-retorno? Sinceramente espero que não. Espero que haja retorno, mas um retorno responsável. Pergunto, quem nos levou a este descalabro económico, financeiro e social, terá sido o Eng. Guterres? O Dr. Durão Barroso e o Dr. Santana Lopes (governaram um pouco mais de 36 meses)? Terá sido o Eng. Sócrates? Terá sido o facilitismo de Guterres, as trapalhadas de Barroso e Santana Lopes ou o ego-centralismo de Sócrates? Cá por mim, foi o somatório da governação de todos, mas o último é sempre mais responsável do que os anteriores.
Então, se assim é, não há justificação nenhuma para que o grosso das medidas de contenção incida sobre aqueles que ganham menos e os mais desprotegidos, quando o exemplo não parte de cima, de quem governa, seja o País, sejam as autarquias. É injusto e inglório para os cidadãos.

FdR.

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