O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 7 de julho de 2010

SCUT`S OU NÃO … EIS A QUESTÃO!!!

SCUT`S OU NÃO … EIS A QUESTÃO!!!
Quem diria, um conceito criado por um governo socialista, finda pela mão de um (dito, mas não o é de facto) governo socialista?Quem diria! O conceito de SCUT é um conceito socialista. Foi o governo de António Guterres que o criou. E implementou.Segundo Guterres, as auto-estradas existentes não tinham alternativas, ou seja, as estradas nacionais existentes não eram alternativas viárias minimamente razoáveis, e por isso não eram potenciadoras do desenvolvimento regional. Logo, entendeu o governo de então, que era importante construir uma rede de vias alternativas às auto-estradas, não portajadas. E assim se criaram as sete SCUT`s hoje existentes, mas em fim de vida. Só assim se atingiria o desiderato socialista da equidade regional e se promoveria o desenvolvimento das regiões.Foi isto que aconteceu com a SCUT Grande Porto e com a região do Vale do Sousa onde, mais que Penafiel e Paredes, os municípios de Lousada, Paços de Ferreira e Valongo, beneficiaram claramente desta via (A41 e A42) e ascenderam a uma dinâmica económica e social, que sem a mesma não atingiriam.Foi esse mesmo governo que então definiu os critérios necessários, para que estas infra-estruturas pudessem vir a ser portajadas. Entre eles, dois são bastante claros: por um lado, a região abrangida pela via tinha de ter índices de riqueza igual ou superior à média nacional e por outro, tinha de ter alternativas viárias credíveis e válidas.Face a esta análise, das três SCUT`s que o governo quer portajar no imediato, nenhuma delas o deveria ser. Isto é, a região Norte e o Vale do Sousa em particular, têm um índice de riqueza (PIB per capita) claramente abaixo da média nacional e as alternativas são as mesma de então, mas mais velhas e degradadas.Assim sendo, não é justo, não é oportuno e liquida o desenvolvimento da região.Em Democracia, ou se promove de facto uma política de equidade e coesão nacional e então se explica tudo muito bem, de modo a que todos percebamos porque é que uns recebem mais que outros, ou então, adoptamos aquela velha máxima de “ou pagam todos, ou não paga ninguém”.Já disse oportunamente, que o que vai ser o contributo final para afundar País, num futuro mais ou menos próximo, são as ditas parcerias público-privadas. As já constituídas e aquelas que se venham a constituir. É que o grosso dos efeitos financeiros delas só se vão repercutir a partir de 2013/2014. As SCUT`s são um negócio socialista deste tipo, que vigora há cerca de uma década e que só agora o governo percebeu o peso que elas começam a ter no orçamento do Estado. E, agora, qual é a solução que o Primeiro-Ministro encontra para ultrapassar o problema? É pôr cidadãos e empresas a pagar. Há dez anos atrás era tudo festa, tudo mais fácil. E agora?E, já agora, a título de mera curiosidade, se os cidadãos pudessem também definir critérios para que pudéssemos validar ou não a continuação do governo em funções? Critérios tipo:1- O governo tem que defender o interesse de todos e não só os próprios!2- O governo tem de tomar decisões insuspeitas e transparentes!3- O governo não pode “esbanjar” o dinheiro do erário público.Se assim fosse, por onde andaria este o Sr. Sócrates e este governo? E porque não perguntar, por onde andariam estes políticos?No final do debate quinzenal na Assembleia da República de hoje mesmo, o Primeiro-Ministro José Sócrates desabafou com os jornalistas, o seguinte “Muitas vezes sinto-me sozinho a puxar pelas energias do País!”. Este é o primeiro sinal de que, o final deste governo está próximo. Mas esta declaração faz-me lembrar uma história de aldeia:- havia um agricultor que tinha uns bois e uns campos para cultivar. Um dia vinha com a carroça carregada de estrume e esta era puxada por 4 bois. A determinada altura e cansado de incitar os animais, este disse “…3 destes bois são uns malandros, não puxam nada, mas aquele ali à frente não, aquele é diferente, aquele puxa a carroça sozinho.”! A verdade é que no dia seguinte o agricultor pôs aquele valente animal a puxar a carroça sozinho, mas esta não se movia do local.Será por isso que o País não anda para a frente?

FdR.

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