O Orçamento do Estado
para 2014 é apresentado amanhã, e, ao contrário do que disse o
primeiro-ministro, não trará nenhum ‘choque de expectativas’, uma vez que
poucas ou nenhumas expectativas nos restam. O choque, no entanto, está
garantido, pois, ainda que esperada, a violência choca sempre…
Não se trata, pois, de
um choque de expectativas, mas da expectativa de um choque, e em cadeia… Choque
que começou, aliás, a ser sentido ainda antes de o Orçamento ser
definitivamente aprovado numa maratona de última hora (reveladora da ligeireza
com que tudo isto é feito), com a divulgação de algumas das medidas na calha,
efetuada no estilo habitual deste Governo: sem rigor, sem transparência, e até
sem verdade.
Veja-se, por exemplo,
a conferência de imprensa em que Paulo Portas ocultou os cortes nas pensões de
sobrevivência, e o comunicado de Poiares Maduro sobre a RTP que anuncia o
aumento da taxa de audiovisual ao mesmo tempo que afirma que vamos pagar menos
pelo serviço público de rádio e televisão…
Voltando ao Orçamento:
o choque passa também por saber que a nova vaga de austeridade que vai trazer
não chegará para garantir o cumprimento da meta do défice prevista para o
próximo ano…
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