O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fernando Ruas: Sem regiões não há equilíbrio

Fórum das Regiões: É pena que só em final de mandato, os autarcas tenham coragem de se afirmar a favor da REGIONALIZAÇÃO! Ela já devia ter sido implementada há muitos anos, porque um País será tanto mais forte, quanto mais forte forem as suas regiões...!


Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional de Municípios e da Câmara de Viseu, diz: a regionalização é a única maneira de evitar que um lisboeta tenha 14,5 vezes mais poder de compra do que um cidadão de Penedono.

Durante as duas horas e meia do almoço no Forno da Mimi, em Viseu, Fernando Ruas, 64 anos, quase não tocou nas entradas (onde avultava um polvo com molho verde) e apenas petiscou o bacalhau e a vitela à Lafões, que empurrou com uma Stout sem álcool, mas fartou-se de falar e sem papas na língua. Não escondeu duras críticas à reforma administrativa desenhada por Relvas e declarou-se um defensor militante da regionalização.
"Se houvesse regionalização, o país não seria tão assimétrico. Não posso compreender e aceitar que um cidadão de Lisboa tenha um poder de compra 14,5 vezes superior ao de um de Penedono. As regiões dariam um maior equilíbrio ao país", afirma Ruas, que continua numa roda viva, apesar estar a poucos meses de terminar os seus mandatos como presidente da Associação Nacional de Municípios (ANMP) e da Câmara de Viseu.
Este mês, já esteve na Suíça e no Brasil. Mal sepultou com um café a pera bêbada da sobremesa, foi a correr para a inauguração dos Jardins Efémeros. E teve de desmarcar à última hora a sua presença na Conferência do JN em Viseu, porque tem hoje a reunião do Conselho Diretivo da ANMP que aprovará uma Lei das Finanças Locais que considera bondosa para as autarquias.
Sobre a lei de limitação de mandatos, que o impede de se recandidatar, tem uma opinião bem clara: discorda, por considerar que o legislador se substitui ao eleitorado (e, ainda por cima, faz dele burro) e não duvida que permite a um presidente com três mandatos numa câmara candidatar-se a outra autarquia - algo que ele próprio não faria.
"Sou contra a extinção de freguesias. Não se ganha nada e perde-se muito. Um presidente de junta não é um autarca, é um enfermeiro, um motorista, um padre e uma assistente social", afirma Ruas que, a nosso pedido, elegeu os melhores e piores momentos dos seus mandatos na ANMP e na Câmara e elencou os três principais pontos do seu caderno reivindicativo para a região (autoestrada para Coimbra, universidade e comboio). Um caderno reivindicativo com uma particularidade: todos os seus pontos já foram aprovados pelo Governo, mas ainda nenhum passou do papel.


Fonte: Jornal de Notícias

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