O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Desprestígio

O país que, na última década, mais degradou a sua posição nos índices internacionais de corrupção foi… Portugal.

Em 2000, ocupávamos a vigésima terceira posição dum ranking que alinha os países em função dos seus indicadores de transparência. Mas em apenas doze anos, perdemos dez posições, ocupando agora um humilhante trigésimo terceiro lugar.
Na última década experimentámos uma queda a pique, quer nos valores do CPI (índice internacional de avaliação da corrupção), quer na posição relativa face aos restantes países. E a tendência parece querer manter-se.
Em termos regionais, naquele que é o nosso espaço civilizacional, a Europa ocidental, a situação é dramática. Apenas gregos e italianos apresentam piores indicadores de transparência.
A Grécia com a sua administração pública completamente desestruturada e a Itália que ainda sofre uma forte influência de redes mafiosas sobre a sua atividade política e sobre a sua administração – são estes os países que nos acompanham na cauda da Europa.
Estes níveis de corrupção envergonham o estado português na cena internacional, mas os mais altos dignitários da nação não parecem incomodar--se com isso.
O Presidente da República, sempre tão atento à imagem externa do país, apenas se preocupa com o "respeitinho" devido aos mercados financeiros que dominam a União Europeia. Mas sobre a imagem de estado cor-rupto, que temos na cena internacional, nem uma palavra se lhe ouve. Por seu lado, Passos Coelho comporta-se com subserviência relativamente aos países europeus mais ricos, mas já não os segue nas políticas de combate pela transparência. E nem se coíbe de ter como seu ministro dos estrangeiros Paulo Portas, cujas ligações ao escândalo de cor--rupção dos submarinos nunca foram esclarecidas.
Governo e Presidente estão convencidos de que se engrandece a nação prestando vassalagem aos mercados financeiros internacionais. Nada mais errado. Portugal apenas recuperará o seu prestígio internacional quando dispuser dum estado sério e credível.

Por:Paulo Morais, Professor Universitário, no CM

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