O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Miserável !

Primeiro foi o "caso" da maçonaria e dos políticos a ela ligados (com directos nas televisões). Depois foi o "caso" Jerónimo Martins, que até vai ser levado ao Parlamento. É assim a política portuguesa: move-se consoante a agenda mediática. Para os seus protagonistas, tudo aquilo que provoca "buzz" nas redes sociais ou na opinião pública serve para propaganda.

Primeiro foi o "caso" da maçonaria e dos políticos a ela ligados (com directos nas televisões). Depois foi o "caso" Jerónimo Martins, que até vai ser levado ao Parlamento. É assim a política portuguesa: move-se consoante a agenda mediática. Para os seus protagonistas, tudo aquilo que provoca "buzz" nas redes sociais ou na opinião pública serve para propaganda.

 
Sejamos honestos: algum daqueles assuntos merece que os políticos percam tempo com eles? É que enquanto o Parlamento se entretém com minudências, ficam por trabalhar as áreas que verdadeiramente tolhem o desenvolvimento do país.

 
Pegando na saída da Jerónimo Martins, o que devia preocupar os deputados não é o facto em si; é o que lhe está subjacente: a falta de um "acordo de regime" para se ter um quadro fiscal estável que atraia investimento estrangeiro. E, já agora, que evite a saída de empresas do País. Ainda ontem, no "DE", o antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de José Sócrates (pasme-se!) dizia: "Mesmo aquilo que está previsto no código fiscal do investimento é anulado por indefinições ao nível da administração fiscal". E concluiu: "Não será de estranhar que os contribuintes se refugiem em instâncias estáveis".

 
Quem diz isto não é um deputado. É a pessoa que "mandou" nos impostos, no anterior Governo. É o reconhecimento, puro e duro, de que somos incompetentes. É o reconhecimento de que a classe política conhece os problemas da nossa economia e, em vez de os resolver, assobia para o lado. Miserável.

PS: O Ministério Público abriu um inquérito às declarações de Otelo sobre um golpe militar. Que vá até ao fim!

Camilo Lourenço, no Jornal de negócios

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