O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A CRISE “ESCONDIDA” – parte 2!

Como referi no último artigo de opinião, a “crise” tem causas e consequências, muitas vezes escondidas. Se por um lado podemos referir a corrupção como uma causa “escondida” da crise, por outro lado podemos afirmar que a demografia é uma consequência “escondida” da dita crise.
Na verdade, embora seja um assunto que não está na ordem do dia e que não preocupe, para já, nem a nós, nem a quem nos governa, trata-se na minha opinião da maior “crise” em que seremos lançados a médio prazo, se nada mudar entretanto.
Conforme referia o ultimo relatório da ONU sobre a demografia mundial, no final do século passado a população da Europa representava cerca de 20% da população mundial. O mesmo, estimava que no final deste século ela represente apenas cerca de 4% desse mesmo universo. Vejam os impactes que este cenário terá no mundo globalizado e a fragilidade de que estamos feridos.
Paralelamente podemos dizer o mesmo em relação ao nosso País, senão vejamos, para equilibrar a sua população, Portugal precisava que nascessem todos os anos cerca de 160 mil crianças. Neste momento nascem cerca de 100 mil.
Ora, não havendo políticas que incentivem à natalidade, a tendência é que se mantenha (ou ainda pior) este cenário, quer a nível europeu, quer a nível nacional.
Que perspetivas de futuro pode haver para esta Europa e para o nosso País no médio prazo, quando já no presente ninguém se entende?
Por cá…
Por cá também há uma consequência “escondida”. Como foi do conhecimento de alguns, decorreu o ato eleitoral para a concelhia do PSD Paredes. De a algum tempo a esta parte tinha vindo a partilhar com alguns amigos que não valia a pena ir a eleições e foi isso mesmo que decidimos há pouco mais de 1 mês.
Entendemos não tornar essa decisão pública e só assumi-la quando a lista do atual presidente da Câmara fosse entregue. Com esta atitude conseguimos atingir o objetivo que queríamos, ou seja, “obrigamos” o candidato de então e agora eleito, a levar uma lista que de todo não quereria. A intenção de levar uma lista de “boys” caiu por terra e fez a opção correta, que é levar na lista gente que merece e que o partido tem obrigação de acolher nos seus órgãos, os Presidentes de Junta.
Quanto a mim que tenho vindo a defender a tese de que os partidos, hoje em dia, não passam de um trampolim para acesso ao poder e que são os principais responsáveis pelo estado do País, entendo que a palavra está agora no lado dos cidadãos. E é por aí o caminho que temos que trilhar.
Se a condução dos destinos partidários dos próximos 2 anos, for semelhante ao que foi nos 4 anos em que Celso Ferreira já liderou o partido e semelhante ao desempenho que tem vindo a apresentar na Câmara Municipal, o PSD Paredes terá um fim pouco recomendável, infelizmente.

1 comentário:

  1. Caro José Henriques, tem toda a razão no seu artigo desta semana no que respeita ao problema da "demografia".
    Quanto à questão local, julgo que todos nós estamos fartos dos partidos políticos, logo urge encontrar soluções para 2013 e você tem responsabilidades nisso.

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