O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A INVERSÃO SOCIAL DOS “VALORES”!

o, não me refiro à famosa contabilidade do 2 + 2, que continua a ser 4, até prova em contrário, apesar de haver quem ache que 2 + 2, seja 7, 8 ou até mais. Mas enfim!
O problema é que temos um estado pelintra que não apoia (e até rejeita muitas vezes) os cidadãos, um estado inquilino nas famosas PPP (em que o privado ganha sempre e o público perde sempre), um estado medroso perante os poderosos e forte perante os pobres. Não é justo que o governo corte a direito, sobre os direitos dos trabalhadores e julgue isto como perfeitamente legal em função do estado do País e depois tenha medo de mexer em inúmeros contratos de PPP`s, alegando que é ilegal mexer nesses acordos e quando mexe é para beneficiar os interesses privados.
D. Manuel Martins afirmou recentemente que a intervenção de Passos Coelho, antes da entrega do Orçamento de Estado na Assembleia da República, foi um autêntico tiro certeiro no Povo Português: exumou os pobres e fez o velório à classe média. Cá para mim, não foi mais que um “assassínio social em massa” de onde só escaparam os “atiradores”, ou seja, os que sempre escapam!
Mas a oportunidade da classe política é de venerar, uma vez que o jovem Presidente da JSD veio a terreno defender, à semelhança do que Passos Coelho já tinha defendido, o julgamento do anterior governo e responsáveis pelo estado do País, por gestão danosa. Acho muito bem. Contudo, espero que em nome da verdade, este enquadre no mesmo “pacote” os governos de Mário Soares, Cavaco Silva, António Guterres, Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates e todos aqueles autarcas e gestores públicos que contribuíram para o lastimável “Estado da Nação”.
Vejam este exemplo e perguntemo-nos como é isto possível num estado justo: a Federação Portuguesa de Futebol afirmou que cada jogador iria receber um prémio de cerca de 130 mil euros, se conseguissem o apuramento para o Europeu, num custo total de perto de 4 milhões de euros. Onde está a justiça e a equidade social? Mas essa não é a obrigação dos jogadores da seleção? E o governo não faz nada?
A grande verdade é que durante muitos anos, o estado “educou-nos” a viver acima das nossas possibilidades e induziu-nos no erro de que “éramos todos ricos”, o difícil agora é termos que aprender a ser pobres, mas infelizmente aos realmente responsáveis por tal inversão de valores nada acontece e estão sempre a salvo e na “crista da onda”.
Por cá….
Segundo o expresso do passado fim de semana, poucos autarcas do país podiam dar-se ao luxo de dizer, como Celso Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Paredes, que não precisa de emagrecer a estrutura camarária por causa da troika. O autarca revelou que Paredes tem apenas uma empresa municipal e que até tem margem, se necessário, para aumentar o número de assessores. O que o autarca de Paredes se “esquece” de dizer é que ele pode ter, e tem, inúmeras assessorias e consultorias em várias áreas e até poderia ter muitas mais, porque a lei sempre acreditou no sentido de boa gestão e de responsabilização, que não é o caso. Já quanto à empresa municipal, até há cerca de um mês atrás ele poderia criar as que quisesse, o que agora lhe foi vedado por Lei, mas o problema não é só a quantidade mas a utilidade delas e a pergunta que se impõe é, em 5 anos qual foi a utilidade da “sua”empresa municipal?

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