O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Afinal, sempre vão estar os dois

No dia seguinte a Passos Coelho ter dito "no Governo ou vai estar o PS ou o PSD: não vão estar os dois", o PSD apresentou o seu programa eleitoral. Gostei desta proposta: passar os deputados de 230 para 181. Não que a ache necessária, preferia medidas que, com os deputados que há, os fizessem mais representantes de quem representam. Mas gostei do piscar de olho que Passos Coelho me fez. Ontem, em crónica aqui publicada, critiquei-o. O próximo governo, disse eu, precisava de ser forte, condição necessária para ser bom. Vai ser necessário firmeza com lóbis e corporações (citei "dos Mário Nogueira, dos juízes, dos autarcas..."), e só uma coligação ampla o conseguirá. Não importa quem ganhe, mas um governo ou é PS/PSD ou PSD/PS, abrindo-se também ao CDS, ou será um governo fraco. Foi isso o que eu disse, criticando a frase de Passos Coelho que inviabilizava a alternativa necessária. Porém, com a apresentação do programa do PSD, ontem, reparei que a rejeição de um governo PSD/PS (ou PS/PSD) era só Passos Coelho a brincar. A sério é o que ele diz agora, no programa eleitoral: quer diminuir o número de deputados. Como isso só se consegue com uma votação de 2/3 do Parlamento, isto é, pelo menos 154 dos futuros deputados, e este número só se atinge com PSD e PS juntos, fico descansado. Não pela medida em si (repito, ela não é necessária) mas porque vamos ter um governo PSD/PS (ou PS/PSD) para combater os lóbis.

por FERREIRA FERNANDES

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