O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Empresários de Viana garantem que Estado teria "mais a ganhar" sem portagens na A28

Este, é o reflexo da descriminação negativa a que o Norte foi sujeito também nesta matéria. 
No entendimento do Fórum das Regiões, os partidos políticos, um no poder, outro com expetativas a lá chegar, preparam-se para não portajar as demais SCUT a 15 de Abril como foi determinado, uma vez que estamos em período pré-eleitoral.
Mais uma machadada na coesão e equidade territorial Nacional e, talvez, uma incontitucionalidade.
A Associação Empresarial de Viana do Castelo admite que, a médio prazo, o Estado teria "muito mais a ganhar" sem portagens na A28, já que as consequências do fim do regime SCUT daquela via "estão aí".
"Menos espanhóis, a restauração tem quebras de 57 por cento, há menos consumo e menos impostos pagos", observou Luís Ceia, presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC).
Isto tendo em conta os números que apontam para menos 658 mil viaturas a circularem mensalmente na A28, entre Viana e Porto, o que, afirma, vai de encontro às quebras de 49,5 por cento nas vendas nos primeiros meses do ano.
Os dados do Barómetro de Confiança Económica, lançado mensalmente pela associação, concluem que a hotelaria e a restauração foram os sectores mais afectados pela introdução de portagens na A28 no inicio de 2011.
"Essa é a pergunta que colocamos aos empresários. Claro que há outros motivos, como a crise, a contribuir para a quebra nas vendas, mas as portagens são a causa principal", sustentou.
As quebras médias do volume de negócios no sector do comércio e serviços de Viana do Castelo foram de 49,5 por cento até Fevereiro e, na restauração, as quebras médias são de 57 por cento. A tendência, garante Luís Ceia, foi de "agravamento" no mês de Março. "Os reflexos mais importantes são a diminuição significativa de espanhóis e de visitantes do Porto ao fim de semana, o que reflete também essa redução do movimento na A28", acrescentou.
Com menos viaturas a circularem na A28 e quebras para metade nas vendas, Luís Ceia questiona a utilidade das portagens para as receitas do Estado. "O problema é que o Governo encarou esta situação como um mero exercício contabilístico, de curto prazo. E essas receitas funcionam sempre porque haverá quem pague, no imediato. O problema são aqueles que, por vários motivos, deixam de vir cá e de pagar, impostos por exemplo", explica.
Daí que, entre as "dificuldades" que a quebra nas vendas está a provocar aos empresários e a diminuição de receitas através da cobrança de impostos, Ceia defenda que "nas outras coisas que não se conseguem, no imediato contabilizar, teria muito mais a ganhar eliminando as portagens".

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