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terça-feira, 1 de março de 2011

Fim das SCUT é "grande machadada" na Plataforma Logística da Guarda

O "bloco central" no poder, tomou mais uma medida tendente a acelarar a desertificação humana e empresarial no interior do País. A somar a esta, à que não esquecer as medidas de encerramento de serviços de saúde e de educação ao longo deste país "longinquo". No reverso da medalha, que medidas foram tomadas para incentivar pessoas e empresas a viver no interior?
O presidente da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA) mostrou terça-feira "preocupação" com a introdução de portagens nas autoestradas A23 e A25, por considerar que vão representar "uma grande machadada" para a Plataforma Logística local.
Segundo Pedro Tavares, com o fim das SCUT e a aplicação de portagens naquelas duas vias que servem a região da Guarda, os empresários terão tendência para não se fixarem na região.
Aquele dirigente disse hoje à Lusa que, para além da preocupação que tem em relação à saída de empresas que já estão instaladas na Guarda, teme "a não vinda de empresas".
"Isso é que pode estar em causa. E pode estar em causa, mais uma vez, o projecto da Plataforma Logística", declarou.
Pedro Tavares admitiu que "a introdução de portagens veio dar uma grande machadada neste projecto" da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, desenvolvido pela Câmara Municipal da Guarda e que se encontra em fase de arranque.
O representante dos empresários adiantou que a inserção de portagens nas autoestradas A23 (Guarda/Torres Novas) e A25 (Vilar Formoso/Aveiro) será "grave" para a atracção de novos investidores para a região.
Disse que quando as portagens forem aplicadas haverá empresas de logística e de distribuição "com aumentos de custos muito acima dos 150 mil euros ano".
A título de exemplo, apontou que uma viagem de carrinha, ida e volta, entre Vilar Formoso e Aveiro custará "64 euros", valor que considerou "uma exorbitância".
Face a este cenário, indicou que algumas empresas de logística instaladas na Guarda "podem pensar em requalificar a sua área de intervenção" e abandonar a região.
Pedro Tavares disse já ter conhecimento de dois empresários "que admitiram sair da Guarda", considerando que "o cenário das portagens é mais grave do que as pessoas possam imaginar".
Também indicou que o fim das SCUT trará problemas a quem trabalha na Guarda e "se desloca todos os dias" nessas vias.
Pelas suas contas, quem vive na Covilhã, Vilar Formoso ou Celorico da Beira e se desloque diariamente para a cidade da Guarda pagará "150 a 200 euros de portagens por mês".

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