Ora aí está. É assim que funciona, no nosso País, a rede de interesses que move o actual poder do bloco central, PS/PSD. Jardim tem toda a razão, a 3ª República está esgotada. Venha a 4ª República. O poder neste País é um autêntico “Polvo” qual Paul adivinho!
“Com a contratação do deputado do PSD”, Marcelo acha que o grupo se prepara para a mudança de poder.
Agostinho Branquinho, deputado do PSD que há oito anos é responsável pela pasta dos media, recusa falar sobre a sua recente contratação para quadro do grupo Ongoing.
"Motivos pessoais" justificaram a renúncia parlamentar, para uma tarefa que o chama ao Brasil já na próxima semana, mas que não está sequer definida. Deverá ocupar-se da área da distribuição, mas não é claro ainda em que cidade brasileira se irá instalar.
"Um reforço na perspectiva de uma mudança de cor política do Governo", diz um responsável socialista. Marcelo Rebelo de Sousa também não tem dúvidas. A Ongoing está a preparar-se "para estar muito próximo do poder político que está quase de chegada" leia-se, o PSD, isto "…depois de uma grande proximidade ao poder político que está quase de partida". Branquinho é "mais um tiro na batalha naval da Ongoing. Mesmo não sendo no porta-aviões, também não é na água", acrescenta um deputado da comissão de ética, onde a saída de Branquinho foi, esta semana, confirmada.
A Ongoing "é uma empresa muito política", diz Marcelo e, nesse quadro, esta é uma contratação importante.
Grande conhecedor do PSD Porto - a maior distrital do partido - tem o feito inédito de conseguir fazer a ponte entre Rui Rio e Luís Filipe Menezes. Próximo de Marco António (vice-presidente da Câmara de Gaia), que ajudou a chegar à liderança da distrital, foi, ao mesmo tempo, director da primeira campanha de Rio à Câmara do Porto.
Activo no partido, influente no Parlamento, ninguém nega ainda que Branquinho "tem grandes conhecimentos nos media" e é claro o seu protagonismo na defesa da privatização da RTP. Um tema pouco pacífico no PSD mas que, por influência de Branquinho, consta da estratégia do novo líder.
A passagem da televisão pública para os privados - uma hipótese sujeita a revisão constitucional - assentaria como uma luva na estratégia da Ongoing, limitada, em Portugal, ao "Diário Económico" e “Económico TV”, a uma participação na PT (6,77%) e no grupo Impresa (22%), mas com anunciada vontade de crescer no sector do audiovisual.
A passagem de Branquinho de São Bento para a Ongoing, terá começado a ser negociada no dia 13 de Setembro, num restaurante em Lisboa, num almoço com José Eduardo Moniz, Fernando Maia Cerqueira e António Costa. Ninguém assume de quem partiram os convites: nem para almoçar, nem para o grupo.
Tanto o ex-“patrão” da TVI como o director do "Diário Económico" foram questionados por Branquinho durante as reuniões da Comissão de Ética, para apurar as ingerências do Governo na Comunicação Social. A mesma em que o deputado Branquinho questionou: "o que é a Ongoing?" e em que acusou o grupo de ter uma "linha próxima do Governo".
A contratação de personalidades políticas das áreas do bloco central não é, porém, novidade para o grupo liderado por Nuno Vasconcellos. O dirigente social-democrata e ex-secretário-geral do partido José Luís Amaut é um dos advogados chamados para consultor da Ongoing, de cujos quadros fazem ainda parte como secretária-geral Rita Marques Guedes, militante de base e ex-chefe de Gabinete do então ministro da Presidência (e responsável pela Comunicação Social) Nuno Morais Sarmento. Vasco Rato, da plataforma que lançou Passos Coelho para líder, tal como Vasconcelos Cruz, um dos promotores do Compromisso Portugal e irmão da ex-secretária de Estado do PSD e actual administradora da Gulbenkian, Isabel Mota, são outros dos quadros da Ongoing.
Do lado do PS, nomes como o de António Pinto Ribeiro, ex-ministro da Cultura de José Sócrates, ou Fernando Soares Carneiro, ex-administrador da PT, figuram na lista de vencimentos da Ongoing.
ANABELA CAMPOS e ROSA PEDROSO LIMA
Expresso
“Com a contratação do deputado do PSD”, Marcelo acha que o grupo se prepara para a mudança de poder.
Agostinho Branquinho, deputado do PSD que há oito anos é responsável pela pasta dos media, recusa falar sobre a sua recente contratação para quadro do grupo Ongoing.
"Motivos pessoais" justificaram a renúncia parlamentar, para uma tarefa que o chama ao Brasil já na próxima semana, mas que não está sequer definida. Deverá ocupar-se da área da distribuição, mas não é claro ainda em que cidade brasileira se irá instalar.
"Um reforço na perspectiva de uma mudança de cor política do Governo", diz um responsável socialista. Marcelo Rebelo de Sousa também não tem dúvidas. A Ongoing está a preparar-se "para estar muito próximo do poder político que está quase de chegada" leia-se, o PSD, isto "…depois de uma grande proximidade ao poder político que está quase de partida". Branquinho é "mais um tiro na batalha naval da Ongoing. Mesmo não sendo no porta-aviões, também não é na água", acrescenta um deputado da comissão de ética, onde a saída de Branquinho foi, esta semana, confirmada.
A Ongoing "é uma empresa muito política", diz Marcelo e, nesse quadro, esta é uma contratação importante.
Grande conhecedor do PSD Porto - a maior distrital do partido - tem o feito inédito de conseguir fazer a ponte entre Rui Rio e Luís Filipe Menezes. Próximo de Marco António (vice-presidente da Câmara de Gaia), que ajudou a chegar à liderança da distrital, foi, ao mesmo tempo, director da primeira campanha de Rio à Câmara do Porto.
Activo no partido, influente no Parlamento, ninguém nega ainda que Branquinho "tem grandes conhecimentos nos media" e é claro o seu protagonismo na defesa da privatização da RTP. Um tema pouco pacífico no PSD mas que, por influência de Branquinho, consta da estratégia do novo líder.
A passagem da televisão pública para os privados - uma hipótese sujeita a revisão constitucional - assentaria como uma luva na estratégia da Ongoing, limitada, em Portugal, ao "Diário Económico" e “Económico TV”, a uma participação na PT (6,77%) e no grupo Impresa (22%), mas com anunciada vontade de crescer no sector do audiovisual.
A passagem de Branquinho de São Bento para a Ongoing, terá começado a ser negociada no dia 13 de Setembro, num restaurante em Lisboa, num almoço com José Eduardo Moniz, Fernando Maia Cerqueira e António Costa. Ninguém assume de quem partiram os convites: nem para almoçar, nem para o grupo.
Tanto o ex-“patrão” da TVI como o director do "Diário Económico" foram questionados por Branquinho durante as reuniões da Comissão de Ética, para apurar as ingerências do Governo na Comunicação Social. A mesma em que o deputado Branquinho questionou: "o que é a Ongoing?" e em que acusou o grupo de ter uma "linha próxima do Governo".
A contratação de personalidades políticas das áreas do bloco central não é, porém, novidade para o grupo liderado por Nuno Vasconcellos. O dirigente social-democrata e ex-secretário-geral do partido José Luís Amaut é um dos advogados chamados para consultor da Ongoing, de cujos quadros fazem ainda parte como secretária-geral Rita Marques Guedes, militante de base e ex-chefe de Gabinete do então ministro da Presidência (e responsável pela Comunicação Social) Nuno Morais Sarmento. Vasco Rato, da plataforma que lançou Passos Coelho para líder, tal como Vasconcelos Cruz, um dos promotores do Compromisso Portugal e irmão da ex-secretária de Estado do PSD e actual administradora da Gulbenkian, Isabel Mota, são outros dos quadros da Ongoing.
Do lado do PS, nomes como o de António Pinto Ribeiro, ex-ministro da Cultura de José Sócrates, ou Fernando Soares Carneiro, ex-administrador da PT, figuram na lista de vencimentos da Ongoing.
ANABELA CAMPOS e ROSA PEDROSO LIMA
Expresso
Realmente a Ongoing é uma "empresa muito prática".
ResponderEliminarComo diz o ditado chinês " O vitorioso tem muitos amigos, o vencido bons amigos."
E pelo sim, pelo não, não há como "estar de bem"...