O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O DESTINO FATAL DO PAÍS…E DOS SEUS CIDADÃOS!

O DESTINO FATAL DO PAÍS…E DOS SEUS CIDADÃOS!

Soubemos na passada quarta-feira, que a dívida pública estava, no final de Agosto, a atingir os 15 mil milhões de euros, valor limite que a Assembleia da República tinha autorizado o governo a atingir, no âmbito do Orçamento então aprovado. Ou seja, em Setembro, tudo indica, estará gasto o valor para todo o ano de 2010.
Ainda para agravar mais a coisa e no que toca ao endividamento externo acumulado (ou seja, dívida pública e privada), em Dezembro de 2010 atingiremos provavelmente os 500 mil milhões de euros!!!. Olhemos todos em volta antes de dar o próximo passo, porque a qualquer momento estaremos a pôr o pé em falso, num qualquer precipício ou buraco a nosso lado. Lembremo-nos todos que em, 1995, quando Guterres e o PS chegaram ao governo, este endividamento rondava os 20 a 30 mil milhões de euros. Ora, podemos todos agradecer à classe política destes últimos 15 anos (e aos actuais) pela desgraça em que nos colocaram. A todos eles muito obrigado!
Com esta situação económica interna e dado que já ninguém acredita nestes governantes (junte-se a oposição no bolo), os juros cobrados pelos financiadores internacionais disparam para níveis insustentáveis e a procura diminui. Face a esta situação, não era melhor chamarmos já o FMI para gerir a nossa situação económica, em vez de esperarmos que sejam eles a chegar, sem prévio aviso? Era aproveitar a embalagem, porque já vamos ter a União Europeia a fiscalizar o nosso orçamento e ainda bem, então teríamos a certeza que o País, embora a custo, iria entrar no rumo certo.
É que os nossos governantes não têm coragem para cortar na despesa (finalmente hoje fez-se luz e o governo cancelou a obra do TGV e a nova ponte sobre o Tejo, já todos sabíamos que isto ia acontecer, menos o governo e o ministro Mendonça), só conhecem o caminho da receita e o aumento de impostos, directa ou indirectamente. Mas como todos sabemos, quem paga os impostos são sempre os mesmos e quanto mais aumentarem os impostos, menos pessoas os vão pagar e portanto a economia do País será traída por esta via.
Mas outro cenário negro para o nosso futuro, tem a ver com as parcerias público-privadas (já me canso de falar nisto), cujo impacto em termos económicos será em 2014, depois do PEC II aprovado pelo bloco central (PS E PSD). Quer aquelas que foram negociadas para ter impacto financeiro no orçamento de Estado a partir de 2014, quer aquelas que deveriam reflectir-se desde já no erário público, mas que por causa das “medidas de contenção” tomadas no PEC, foram renegociadas para depois daquela data, com custos acrescidos em termos de juros. Ou seja, o esforço financeiro que o orçamento terá para pagar estes compromissos é tal, que levará, na minha perspectiva, a um empobrecimento ainda mais acelerado do País.
Triste o País que vê os ricos cada vez mais ricos, uma classe média alargada de há 10/15 anos a diminuir drasticamente e a não passar de uma classe “remediada” e uma classe pobre, mais alargada e cada vez mais pobre.
E se o País é gerido nesta perspectiva, há municípios que lhe seguem o exemplo e não percebem que devem “acautelar e proteger” os seus munícipes de mais “violências” económicas.

Exemplo do Município de Paredes!

A notícia é recente e não traz nada de novo. Nem sequer é novidade o facto de dar continuidade a uma política de prejuízo e desprezo pelos munícipes que aqui vivem e/ou ganham a sua vida. Refiro-me àqueles vivem ou trabalham na cidade de Paredes, ou que por qualquer outra razão, necessitam de se deslocar a esta cidade.
O Presidente da Câmara Municipal, convocou uma conferência de imprensa para apresentar o projecto de construção de um parque de estacionamento junto à Câmara Municipal.
Propõe-se neste negócio, a entregar à exploração privada todo o estacionamento à superfície na cidade (vulgo estacionamento pago – parcómetros) que, embora com algumas dúvidas sobre a abrangência territorial desta cedência, terá alguma razão de ser.
Assim de momento, levanto 2 questões:
1) O terreno em causa, onde se inclui o antigo matadouro e a Junta de Freguesia de Castelões de Cepeda, terá sido vendido por 500 mil euros. A ser verdade, pergunto, se um terreno enquadrado numa zona central da cidade e com as potencialidades de construção que apresenta, não valeria muito mais? Porquê este valor?
2) Toda a gente sabe que o Largo da Feira é um grande parque de estacionamento gratuito, que todos aqueles que vivem, trabalham ou por qualquer outra razão vêm à cidade, procuram para estacionar a respectiva viatura, excepto os 4 dias de feira por Mês. Porquê a intenção lançada pela Câmara Municipal de fechar o acesso ao mesmo definitivamente? Não chega já o mal que foi feito aos cidadãos e comerciantes da cidade? Para quê dificultar ainda mais a vida, a quem já tantas dificuldades tem? Porquê sempre os mesmos a serem penalizados pelas “más decisões” dos outros? Decência e respeito nas decisões, é o que os cidadãos em geral querem e merecem.

José Henriques Soares
www.forumdasregioes.blogspot.com e forumdasregioes@gmail.com

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