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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

COMO SE BRINCA COM O DINHEIRO PÚBLICO – parte 3?

COMO SE BRINCA COM O DINHEIRO PÚBLICO – parte 3?

Na gestão dos municípios, também existem autarcas Presidentes de Câmara que gostam de brincar com o erário público, porque nada lhes toca pessoalmente e no que diz respeito ao seu património. Vejamos mais um de muitos exemplos do autarca de Paredes!

No sequência de uma outra obra emblemática da cidade de Paredes, a Requalificação do Parque (ou Praça) José Guilherme, a Câmara Municipal de Paredes adjudicou uma outra empreitada para a instalação de um ecrã gigante na zona frontal ao Tribunal de Paredes, cujo valor total ultrapassou os 200 mil euros.
A questão que todos nós Paredenses, cidadãos deste concelho e cidade de Paredes, nos colocamos, é saber qual ou quais as intenções de adquirir e instalar ali aquele equipamento, qual a sua utilidade e importância e quanto investiu o município na execução das infra-estruturas e no equipamento propriamente dito.
Quanto às intenções, acho que já o está provado de facto, o objectivo é promover politicamente as iniciativas da Câmara Municipal e, acima de tudo, a promoção da imagem do seu Presidente, em momentos oportunos como os períodos pré-eleitorais e eleitorais. Depois, durante o período de inverno está desligado ou desactivado. No restante período do ano, como actualmente, passa programas televisivos.
Quanto à utilidade e importância do mesmo, parece-me não haver, a não ser aos poucos cidadãos que esperam na paragem de autocarros, que esporadicamente deitam o olho ao ecrã.
Até aqui, menos-mal, são opções políticas, tristes opções é certo, mas são as opções do autarca de Paredes. Agora, quanto ao investimento feito, aí a coisa muda de figura, porque é o erário público que pagou ou há-de pagar o que ali está. Não me parece justo serem ali “enterrados” mais de 200 mil euros (40 mil contos).
Num cenário de crise profunda, Nacional e Internacional, de uma crise que afecta os cidadãos em geral e os mais desfavorecidos em particular e que atinge violentamente uma classe média que já não o é. Num País, cujo governo escolheu a receita e os aumentos de impostos como única forma de arrecadar mais dinheiro para cumprir as metas do PEC II (aprovado pelo “governo central”), onde as autarquias deviam funcionar como pequenas almofadas para dar um pouco de alento aos seus munícipes e protegê-los do autismo do governativo, a nossa autarquia deixa-os ao abandono e em campo aberto. Não era justo por exemplo, que em período de crise, a autarquia baixasse o valor das suas taxas e licenças em 10% ou 20%? Os ditos 40 mil contos não estavam aqui melhor empregues e em favor dos munícipes?
Basta de ver o erário público ser delapidado sem regra, sem responsabilidade e, infelizmente como tem sempre sido, sem responsáveis. Basta! Basta! Basta.


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