O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É O FIM DOS “CHUMBOS” EM PORTUGAL!

É O FIM DOS “CHUMBOS” EM PORTUGAL!

O Ministério da Educação através da Ministra Alçada, decretou o fim dos “chumbos” na escola pública Portuguesa. Está definitivamente aberta a era do facilitismo na educação e o culto pela estatística, culto instituído por José Sócrates.

Para a Ministra da Educação Isabel Alçada, a palavra “chumbo” deve ser muito pesada e deve cheirar-lhe a época de caça grossa. Por isso gosta muito mais, tal como outros seus antecessores, da palavra “retenção”. É mais chic e mais europeu!
Para os nossos governantes, Portugal tem que ser “estatisticamente” um País desenvolvido. Não chegava as “Novas Oportunidades” de Sócrates e Lurdes Rodrigues. De hoje em diante todos os nossos estudantes passam a ser administrativamente bons alunos. O País passa a ter 100% de aproveitamento na educação.
Este é mais um exemplo de como a educação neste País “circula” em sentido contrário àquilo que são as boas práticas em Países mais desenvolvidos que o nosso. O País anda numa roda-viva a enfiar as suas crianças em autênticos “campos de concentração” que são os centros escolares, mas como compensação sabem de antemão que ninguém vai “chumbar” ou melhor, ninguém vai ficar “retido”.
Com o projecto Novas Oportunidades nasceu uma nova era na educação em Portugal. Uma era em que não é preciso aprender, nem estudar, para passar e para no futuro se ser licenciado, ou ser Mestre, ou ser Doutor.
Talvez o pior, mas o argumento mais visível anti-mudanças, seja o chumbo "exemplar" de Cavaco Silva: o actual Presidente da República chumbou no 3º ano do liceu - actual 7º ano de escolaridade - e o pai obrigou-o a trabalhar na terra e ajudar no negócio da família. Na sua autobiografia, o Presidente da República considera esse chumbo - e a "lição" do pai - um marco na sua vida, que o tornaria depois um estudante aplicadíssimo.
Não me parece, de todo, que a geração que está a iniciar agora o seu percurso educativo tenha algo a ganhar e terá sucesso profissional no seu futuro, com o facto de saber que jamais perderão um ano escolar (não ficarão “retidos” ou “chumbados” nenhum ano) durante os 12 anos o ensino público obrigatório. Ao contrário, se tivermos um sistema educativo rigoroso e exigente, esse facto será meio caminho andado para o seu sucesso futuro.
Quem como eu, fez o 2º ciclo, 3º ciclo e secundário, no período pós 25 de Abril, finais da década de 70 e década de 80, sabe o facilitismo que estava instalado na educação nesse período e sabe também as dificuldades que teve e tem, no seu percurso profissional, em resultado dessa falta de rigor e exigência.
Assim não, Sr. Primeiro-Ministro Sócrates. Assim não, Sr.ª Ministra Alçada.

José Henriques Soares
Técnico superior Autárquico

Sem comentários:

Enviar um comentário