O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quinta-feira, 5 de abril de 2012

"É tempo de parar de ouvir o que os bancos dizem e de olhar para o que eles fazem"

Fórum das Regiões: Não havia necessidade de o reafirmar, mas sempre é mais um alerta, a crise europeia tem muito a ver com a banca. Basta ver que o BCE empresta dinheiro aos bancos a 1% e estes, aos estados, a 5 ou 6%. Porque não empresta o BCE diretamente aos estados?

O antigo economista do FMI voltou a criticar o excessivo poder da banca na Europa e nos EUA, dizendo que muitas das perdas que deveria enfrentar estão a ser suportadas pelo sector público.

A banca alertou, durante muito tempo, para o perigo de uma reestruturação da dívida grega. Avisos de falências, alertas de contágio. O perdão dos credores gregos concretizou-se. "Abriu-se a porta para todo o tipo de problemas?", questiona-se Simon Johnson, antigo economista do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 
"Não", responde o próprio, num artigo de opinião para o Project Syndicate e publicado no Negócios, intitulado "Europa sob captura". A banca será um dos sectores que mantém o Velho Continente aprisionado.

 
Simon Johnson, no texto assinado em conjunto com Daron Acemoglu, explica que há uma forma fácil de lidar com o excesso de endividamento verificado pelos países da Zona Euro: proceder a uma reestruturação da dívida.

O principal argumento para que não se concretizar essa operação, diz, deve-se à oposição dos banqueiros. Mas já houve uma reestruturação e "os bancos não foram há falência" e não "há sinais de dominós", considera o professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

 
Porquê? Simon Johnson diz que não foi devido aos aumentos de capital, porque, argumenta estes foram feitos mais através de "contabilidade criativa" do que outra coisa. Talvez sim porque se esperasse que o impacto na economia fosse "mínimo".

Diogo Cavaleiro  - diogocavaleiro@negocios.pt

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