Todos os dias há notícias importantes sobre a crise do nosso euro. Ontem, uma das notícias mais importantes apareceu mascarada de curiosidade. Mas não é um "fait divers". Quando o maior operador turístico alemão passa a exigir a hotéis gregos contratos em dracmas, temos a crise a descontrolar-se.
Corremos o risco de apenas os líderes europeus acreditarem no euro – e mesmo estes, de forma pouco convincente. As "cimeiras históricas" ficam para a história da impotência; as "reuniões decisivas" do G20 decidem nada decidir. E assim, dia após dia, o euro desagrega--se por detrás da fachada bruxelense.
O que o operador turístico fez foi precaver-se quanto a uma saída da Grécia do euro. O mecanismo é abstruso mas na prática a empresa está a diminuir o risco das suas operações naquele que é um mercado muito importante para a indústria turística. Choveram críticas ao operador turístico, é claro. Deviam ter chovido críticas aos falsos guardiães do euro, que assistem em pânico e todavia impávidos à sua destruição. O tempo para salvar o euro está a acabar.
Por:Pedro S. Guerreiro, Director do Jornal de Negócios
Se a Grécia negociou mesmo o pagamento em Dracmas, então os gregos são de facto um povo muito à frente.
ResponderEliminarPois ora vejamos, perdoam 50% e pagam em Dracmas, com a saída do Euro e a respectiva desvalorização cambial só teriam algo como um perdão de mais 50%, ou que dá um perdão efectivo de algo como 75% da dívida.
Ou seja é mais barato perdoar logo os 75% ou os 100% a deixar a Grécia sair do Euro...
Para os menos informados deixo aqui a informação a "Grécia negociou com a Troika o pagamento da divida em Dracmas moeda oficial Grega.
ResponderEliminar«Operador alemão exige contractos em dracmas a hotéis gregos»