O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

QUANTAS “MADEIRAS” TEMOS NO PAÍS?


A Madeira virou bode expiatório para todos os males (dívidas) do País, aos olhos do Governo, oposição e Presidente da República. Ao que parece descobriram um buraco nas contas do Governo de Jardim, que rondará os…, bem não sei quanto e julgo que ninguém saberá ao certo. E Jardim lá ganhou novamente as eleições!
Valha a verdade, que fazer obra com dinheiro que não temos e não sabemos se chegaremos a ter, empurrando as dívidas com a barriga para um futuro incerto e com isso cruxificar as gerações futuras, não merece o meu acolhimento, de todo. Também não deixará de ser verdade, que o modo como hoje Lisboa olha para a Madeira, deverá ser idêntico ao modo como Berlim olha para Lisboa.
Mas os números não mentem e se há 15 anos a Madeira era uma das regiões mais pobres de Portugal e da Europa, a verdade é que hoje é a 2ª região mais rica do País e está claramente acima da média europeia (105%), contra os miseráveis 62% da média europeia na nossa região, a REGIÃO NORTE.
Pergunto o seguinte ao leitor, se o Norte fosse uma região, se fosse a região mais rica do País e claramente acima da média europeia, se nós tivéssemos o nível de vida que Lisboetas e Madeirenses teem, se tivesse por isso uma liderança forte, em quem votaria nas próximas eleições, independentemente do buraco que encontrassem? Então não continuamos a votar nos mesmos que derreteram o País nos últimos 37 anos?
Por falar em buracos, andam todos preocupados e bem com o buraco da Madeira, mas e quando destaparem os buracos verdadeiros das Empresas Públicas? E das Autarquias? E das Empresas Municipais? E das miseráveis PPP (parcerias público-privadas)? Então aí teremos o verdadeiro buraco em que o País está enfiado.
Por cá….
Por cá não poderia ser diferente. Também temos a “nossa” PPP que é o negócio da (futura) construção de um parque de estacionamento e que, tal como já referi anteriormente, garante à empresa privada que ganhou o concurso o direito a mais que duplicar o preço do estacionamento (parcómetros), enxamear a cidade de máquinas para pagamento, não há rua, largo ou beco que se salve deste assalto, e permitirá retirar o estacionamento gratuito no Largo da Feira. Então este ato não é uma vergonha e uma afronta aos comerciantes, residentes e outros utentes da nossa cidade? Isto irá certamente acabar com o resto do comércio de Paredes.
E também temos a “nossa” empresa municipal que em 5 anos de existência ninguém sabe o que fez, para além de gastar dinheiro e servir de entreposto financeiro à autarquia. E tem 3 administradores principescamente pagos e uma secretária, porque atender o telefone é uma tarefa árdua! Bonito, não é? Afinal parece que por cá temos um (mau) Jardim.
http://www.verdadeiroolhar.pt/artigos_opiniao.php?id=19454&id_autor=54&foto_autor=ED64_OIP_JHENRIQUES.jpg&nome_autor=Jos%E9%20Henriques%20Soares

2 comentários:

  1. Depois de profunda meditação, atrevo-me a dizer: Discordo da denominação “Região Norte”.

    Explico melhor:

    Que identidade tem esse povo? Que semelhança têm o pescador caxineiro, o pastor brigantino, ou o artesão das terras de basto?

    Que os algarvios entendam o Algarve como região, já encaram, assim como os madeirenses e os açorianos que também já encaram. O homem ribatejano tem honra em aí ter nascido, assim como, o alentejano, o transmontano, o beirão e o minhoto.

    Em termos de região, o norte é díspar, como o sul é díspar e o nascente e o poente são díspares. Por isso ao invés de uma região norte, deveria pensar-se - eu acho - na “ Região de Douro, Minho e Trás-os-Montes”, essa sim uma designação correta, com passado, capaz de envolver e enaltecer os seus e com postura para ombrear com qualquer outra.

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  2. Importa corrigir o último parágrafo do comentário anterior, assim onde se lê "Região de Douro, Minho e Trás-os-Montes" deverá ler-se "Região Douro, Minho e Trás-os-Montes"

    As minhas desculpas.

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