O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Governo diz que "acabou o tempo dos subsídios e das obras faraónicas"

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse, esta terça-feira, que o tempo dos subsídios e dos apoios às empresas acabou. E não volta para trás. "Reformar é a palavra de ordem", disse, anunciando uma reestruturação "histórica" no sector empresarial do Estado e no sector dos transportes.

"Estávamos habituados a promover a economia com subsídios e apoios. Isso não é mais possível", disse o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. "A crise é uma oportunidade para o pais se modernizar e crescer", disse, num discurso proferido na Universidade de Lisboa, esta terça-feira de manhã.

"Há vida para lá da austeridade e isso passa pelo combate à subsidiodependência que reina neste país e reformar sem medo e sem receio é o caminho, contra os lóbis instalados, contra o proteccionismo serôdio e contra os interesses instalados", disse o ministro da Economia. Álvaro Santos Pereira discursava, esta terça-feira de manhã, numa conferência promovida pela Antena1 e pelo Jornal de Negócios sobre o papel do Estado no combate à crise.

"As reformas económicas não podem esperar, mesmo que os frutos dessas reformas não possam ser colhidos a muito curto prazo", disse Álvaro Santos Pereira. "Governo está a tentar criar as condições para que Portugal volte a crescer", disse o ministro da Economia.

"Portugal tem na austeridade uma oportunidade para mudar de vida", disse Álvaro Santos Pereira, sustentando que "o tempo das obras faraónicas acabou".

O caminho para sair da crise para sair da crise passa por "uma reestruturação história do sector empresarial do Estado", que o ministro não detalhou.

Mais em pormenor, o ministro da Economia e Emprego apontou alguns caminhos, prometendo "uma reestruturação história no sector dos transportes, com a reformulação da ferrovia, centrada nas mercadorias e com uma bitola europeia". A reabilitação urbana "é outra das prioridades de relançamento da economia" e considerada "fundamental para criar emprego e ajudar o país a sair desta crise", acrescentou Álvaro Santos Pereira.

"O turismo residencial, religioso e de habitação é outra das prioridades totais deste governo, de forma a tornar o turismo mais competitivo", disse Álvaro Santos Pereira, sem esquecer a faceta "de sol e mar, que caracteriza o país", apesar do aumento do IVA para 23% na restauração e indústria hoteleira que consta da proposta de Orçamento de Estado para 2012.

Álvaro Santos Pereira prometeu, ainda, uma "nova politica energética como ferramenta para diminuir o défice tarifário e como forma de alavancar a economia. Durante vários anos a leccionar no Canadá, Álvaro Santos Pereira quer trazer para a economia nacional a mentalidade norte-americana.

"O empreendedorismo passa muitas vezes por falhar, temos de dar outras oportunidades", disse o ministro da Economia. "Estamos a levar a cabo a revisão do código de insolvências e a remodelar o acesso ao código de insolvência, de forma a eliminar o estigma totalmente errado de que quando as empresas falham, o empreendedor falha, não deve ter outra oportunidade, não quer trabalhar", acrescentou Álvaro Santos Pereira. "Para que as empresas entram em insolvência ou pré-insolvência não tenham de fechar", sustentou.

Fonte: Jornal de Negócios

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