O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Como enquadrar democráticamente a abstenção?

Esta é talvez a principal ilação a tirar do ato eleitoral de 5 de Junho: a maior percentagem de abstenção de sempre, em legislativas, quase 42%. Ora, se somarmos a este o valor dos votos brancos e nulos, aproximamo-nos dos 50% de votos.
Eu tenho vindo a defender que o voto deveria ser obrigatório, com as necessárias exceções, por razões óbvias (por ex. por doença). Tenho ouvido nos ultimos dias algumas opiniões que vão no mesmo sentido, como é o caso de Rui Moreira (intevenção no clube dos pensadores) e de Manuel Serrão (hoje, no JN), o que pelo menos garante que o assunto saltará para a ribalta, mais tarde, ou mais cedo, sob pena de qualquer dia a participação eleitoral ser residual.
Não nos podemos esquecer que antes do 25 de Abril em Portugal e ainda hoje em muitos Países, as pessoas/cidadãos não têm direito a voto. Por isso, devemos preservar este direito fundamental e devemos dignificá-lo, participando.
Contudo, defendo esta obrigatoriedade com uma condição essencial, é que os votos brancos passassem então a ter representação parlamentar e assim, clarificavamos muito da "nebulosidade política" atual. Isto é, no dia em que um deputado falasse na AR e olhasse para o lado e visse muitas cadeiras vazias, pensava duas vezes antes falar, porque a seguir poderia a sua cadeira ficar vazia.

José Henriques Soares

1 comentário:

  1. Meu caro José Henriques, qual dos partidos actuais quer democracia (PSD, PS, CDS/PP, CDU ou BE)? Quando internamente impôe frequentemente a disciplina de voto. Aceitar essa sua sugestão e enquadrá-la na constituiçao, isso sim, era um acto de coragem política e de apego à Democracia.

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