Organização internacional preocupada com o fosso cada
vez maior entre ricos e pobres em Portugal
Estudo diz que País
arrisca-se a ser dos mais desiguais do Mundo
Portugal tem
beneficiado as "elites económicas" e corre o risco de se transformar
num dos países com maiores desigualdades sociais se insistir em medidas de
austeridade. O alerta partiu ontem da organização não governamental (ONG)
Oxfam, que estima que a austeridade na Europa pode empurrar mais 25 milhões de
pessoas para a pobreza até 2025.
A diretora para a
Europa da Oxfam, Natalia Alonso, avisa que os países sujeitos ao regime de
austeridade, com a ONG a particularizar os casos de Portugal e Grécia, em troca
de assistência financeira da troika , "situar-se-ão em breve entre os
países mais desiguais do Mundo", se prosseguirem pelo caminho dos cortes.
Entre os efeitos de
políticas governamentais austeras, alerta a Oxfam, estão o recuo dos direitos
sociais, "os cortes radicais nos orçamentos da segurança social, da saúde
e da educação, a redução dos direitos dos trabalhadores e uma fiscalidade
injusta", ingredientes desde há três anos das purgas económicas
destinadas, alegadamente, a recuperar as finanças públicas na Europa.
A Oxfam salienta ainda,
especificamente no caso português, que o País já é um dos mais desiguais na
Zona Euro e ocupa o sétimo lugar da tabela em termos de desigualdades
económicas na União Europeia. Em Portugal os rendimentos dos 20 por cento mais
ricos é quase seis vezes superior aos dos 20 por cento mais pobres.
Sem comentários:
Enviar um comentário