O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Alemanha. Ex-ministro das Finanças do SPD defende fim da moeda única

Fórum das Regiões: Não será que Lafontaine terá razão no que diz?....


Depois dos partidos da direita terem advogado a saída do euro, agora é a vez de Oskar Lafontaine dizer que só assim países como Portugal podem sair da crise.

Apesar de ser o único país a beneficiar da moeda única, é na Alemanha que o debate sobre o futuro da zona euro está mais conturbado. Enquanto os partidos mais à direita, neoliberais e nacionalistas, sempre se mostraram eurocépticos, agora é a esquerda que se revela receosa acerca do destino da moeda única.

Numa entrevista recente ao site do Partido da Esquerda Alemã, Oskar Lafontaine, ex-ministro das finanças alemão do SPD e um dos arquitectos da moeda única, avisou que o caminho seguido pelos países da zona euro está "a conduzir à desgraça", enquanto "a situação económica piora de dia para dia". Lafontaine sublinhou ainda o perigo de países em assistência financeira virem a ser "forçados a combater a hegemonia alemã mais cedo ou mais tarde". E foi mais longe, referindo-se a Portugal, Chipre, Grécia e Espanha, que "os países em crise só podem sair dela, quando a moeda única for rasgada".

ESTADO DE SÍTIO Com a taxa de desemprego na zona euro a ultrapassar os 12% e países como a Grécia e Espanha a verem o desemprego jovem chegar aos 60%, a Alemanha permanece um oásis no meio do deserto - ou, pelo menos, assim parece. A realidade externa alemã é diferente do que ocorre no economia interna do país e, ainda que as exportações estejam em posição hegemónica, a procura interna alemã está estagnada. Com eleições para o parlamento alemão à porta e os países em ajuda externa demasiado assustados para desejarem a saída do euro, é na Alemanha que se acende o debate.
Da parte dos conservadores já se tinham ouvido críticas. O economista neoliberal Hans-Werner Sinn defendeu que os países da periferia estariam melhor se saíssem da zona euro e pudessem, assim, restaurar a sua competitividade. Enquanto isso, a esquerda preferia culpar o excesso de austeridade e pedir mais investimento, mais controlo sobre os bancos e uma maior redistribuição de rendimento - fosse como fosse, a culpa não era do euro. Era dos neoliberais, das políticas de direita e do excesso de austeridade. Agora, a conversa é outra.

ESTUDO O Instituto Rosa-Luxemburgo, uma fundação de investigação associada à esquerda alemã, publicou um estudo em que culpa a Alemanha dos males da Europa. No documento conclui-se que o euro foi utilizado como um mecanismo para o aumento da hegemonia alemã à custa dos seus vizinhos, forçando os países da periferia a aumentar a sua dívida e o seu défice, enquanto a Alemanha se tornava o grande fornecedor e agiota da zona euro. Fica a dúvida se esta contaminação à esquerda pode ter implicações futuras.



Fonte: Jornal I

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