O "Fórum das Regiões", defende uma Região Norte coincidente com a actual região-plano (CCDR-N) e um modelo de regionalização administrativa, tal como o consagrado na Constituição da República Portuguesa.

O "Fórum das Regiões", considera a Regionalização o melhor modelo para o desenvolvimento de Portugal e para ultrapassar o crescente empobrecimento com que a Região Norte se depara.


terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Apresentação pública da Associação MCP

Foi ontem apresentada públicamente a Comissão Instaladora da "Associação MCP - Movimento de Cidadãos por Paredes".

Decorreu ontem ao final da tarde no Paredes Hotel Apartamento, o ato público de apresentação da Comissão Instaladora da "Associação MCP - Movimento de Cidadãos por Paredes", associação a constituir formalmente em breve.

Os elementos constituintes desta comissão são oriundos das várias zonas geográficas do concelho e provêm de diversas áreas profissionais, visando com isto dar amplitude e abrangência ao movimento.

Este momento contou com o "apadrinhamento" do Dr. Paulo Morais, Docente da Universidade Lusófona e ex. Vice Presidente da Cãmara Municipal do Porto.

Intervenção de José Henriques Soares, mentor deste projeto, na sessão de ontem:


"Muito boa noite a todos,

Antes de mais um agradecimento pessoal e especial a todos vós por terem aceitado o convite, que de uma forma, ou de outra, vos formulei:
 

- Àqueles, cidadãos deste e outros concelhos, que aceitaram testemunhar este momento;
- Àqueles, cidadãos deste concelho que aceitaram o meu convite para pertencerem à Comissão Instaladora desta nova associação que se constituirá formalmente em breve;

- Ao cidadão Paulo Morais, amigo de algumas lutas passadas e certamente futuras, por aceitar “apadrinhar” esta apresentação.

Permitam-me também individualizar aqui uma outra pessoa que aqui está, o Dr. Humberto Brito, mentor do Movimento 6 de Novembro, de Paços de Ferreira, pelo apoio, amizade e colaboração que tem emprestado a este nosso objectivo.

Há vários anos que partilhava com alguns amigos próximos, a vontade de criar condições para o aparecimento de uma associação de cidadãos da nossa terra que servisse, de facto, os interesses dos cidadãos e os pudesse ajudar naquilo que são as suas dificuldades, a sua falta de informação e outras condicionantes do seu dia a dia.

Reporto-me àquilo que o estado define por serviços e/ou bens essenciais, a prestar ao cidadão, entre eles a energia, a electricidade, a água, etc, que múltiplas vezes, por se tratar de monopólios, infringem as mais básicas regras de respeito pelos cidadãos, acarretando-lhes sérios prejuízos, materiais e não materiais. Nestes casos, a defesa individual sai sempre mais cara, do que aceitar o prejuízo.

No caso concreto da água, alguns sectores do poder começam a lançar para a opinião pública a possibilidade de privatização da água, um bem essencial e precioso, cuja privatização os cidadãos teeem de impedir a todo o custo. Já basta a luta que teremos de travar contra essa camuflada forma de privatização, a que muitas autarquias deram cobertura, que são as concessões a longo prazo e que utilizam os mais perversos métodos de ameaça aos cidadãos, para impor a sua lei com a bênção dessas autarquias.

É contra isto que queremos travar batalhas, sempre em defesa dos cidadãos e este será certamente o nosso primeiro e grande enfoque.

Em resumo, tentaremos criar uma associação que tenha uma porta aberta para acolher, informar, acompanhar e ajudar aqueles que dela necessitem.

É isso que procuramos com a criação desta associação, a Associação MCP – Movimento de Cidadãos por Paredes”.

Como sabeis e isso faz parte da história, o 25 de Abril de 1974, trouxe a luz da Democracia e da Liberdade aos cidadãos deste País. Infelizmente foi uma luz ténue, ligeira e que rapidamente tende a desaparecer.

Julgo ser hoje inequívoco, que o grosso dos valores morais associados à Liberdade e à Democracia, são hoje coisa do passado. Não sei se a culpa disso é das secretas, da maçonaria ou da opus dei, ou outro qualquer tipo de organização, mais ou menos secreta. Uma coisa eu sei, a culpa não é nossa, meros cidadãos, ou melhor dizendo, a culpa não é do Povo. Vá lá, talvez tenhamos a culpa de votar sempre em quem não se importa connosco e com o nosso futuro.

Atrever-me-ia a dizer que a culpa central é dos partidos políticos. Estes não foram capazes de corporizar na sociedade, aqueles valores de 1974.

Não sei se será ir longe de mais, dizer que, hoje, os partidos políticos e o seu modo de organização, não deixam de ser “máfias legais”! Organizações que só olham para o seu interesse, e dos seus. Não restam dúvidas que para se chegar a um centro de poder qualquer, Nacional ou Local, é preciso ter o necessário cartão partidário de acesso. Estarei errado?

Não sou certamente o único a pensar assim. Até quem já esteve em diversas áreas do poder e com cartão partidário, pensa assim, apesar de lamentar que só o faça agora. Refiro-me a Miguel Cadilhe, que recentemente afirmou categoricamente que o estado do país se deve à omissão e/ou negligência do dever de gerir bem, aquilo que é o interesse público, referindo nomeadamente o Banco de Portugal e demais entidades reguladoras e os partidos políticos. Estará ele também errado?

Este cenário não é nada bom para nós, cidadãos, porque em última instância seremos sempre nós a pagar a dita fatura, a fatura da incompetência de gestão da coisa pública.

O Mundo apresenta-se hoje com uma dinâmica de mudança que nós não somos capazes de acompanhar e muito menos aqueles que estão no exercício do poder. O que hoje é, amanhã pode já não o ser!

É por isso mesmo, já que é o dito POVO que paga sempre as consequências da incompetência de quem manda, é por isso mesmo que digo que é chegado o momento de estes fazerem algo em seu favor e que lhes traga alguma protecção. A intervenção cívica e de cidadania, não deve ser só um direito que nos assiste, mas sim uma obrigação nossa, para com o próximo, em nome dos nossos filhos.

Para finalizar, diria que não gostaria nunca que alguém dissesse dos cidadãos de Paredes, aquilo que um determinado apresentador de um programa de entretenimento de televisão diz aos seus concorrentes:

- Cidadãos de Paredes, vocês são o elo mais fraco, ADEUS!"
 
 
Vale do sousa 24 de Janeiro

3 comentários:

  1. Este é um grupo de cidadãos que teve a ousadia de criar uma associação Movimento Cidadãos por Paredes "MCP" os meus parabéns a todos quantos estão envolvidos neste projecto.

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  2. Quero aplaudir de pé a iniciativa/ideia central para a criação deste Movimento. Espero e desejo o maior sucesso na prossecução dos seus objetivos, que sejam, de facto, a defesa intransigente, ímpar e desinteressada (politicamente) e se centre nas necessidades sociais dos paredenses. Sabemos que neste concelho o poder instituído tem abusado, de forma contínua e excessiva, dos dinheiros públicos nacionais e comunitários, procurando o "culto da personalidade", destruindo e descaraterizando a cidade "Sede de concelho" sem devolver qualquer benefício social e ambiental com qualidade de vida. A cidade de Paredes mais parece um "passadiço fulgurante de carros por todo lado",atropelado pelas marcações peregrinas a quem alguém, irresponsavel e infantilmente chama de circuito partilhado de bicicletas. Sim, irresponsável, porque é perigoso, inútil e reduziria a ZERO a possibilidade de estacionamento automóvel, simplesmente uma vergonha,...e a "Proteção Civil" nada diz, nada faz,....
    FELICIDADES ao MCP.

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  3. Parabens a este movimento, so lamento nao estar mais divulgado, uma vez que os Paredenses com este presidente necessitam mesmo de muito apoio e defesa,os Paredenses estao a ser bombardiados com taxas e impostos por todos lados, precisamos mesmo de alguem com coragem para lhes fazer frente. Parabens e espero que seja para continuar muitos anos.Gostava de saber se existe algo como criação de socios para para estar associado e isto...

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