Em entrevista à TSF, o juiz jubilado do Tribunal de Contas, Carlos Moreno, acusou o Estado de despesismo com as parcerias público-privadas, que se multiplicaram nos últimos 18 anos em sectores como a Saúde ou os Transportes.
O juiz jubilado do Tribunal de Contas (TC) e autor do livro «Como o Estado gasta o nosso dinheiro», que chega esta semana às livrarias, Carlos Moreno acusa o Estado de despesismo com as parcerias público-privadas.
Em entrevista à TSF, no programa Pessoal e Transmissível, o juiz jubilado considerou ainda que os governos não resistem a fazer obra que não pagam para já, para não sobrecarregar o défice.
Remetendo, deste modo, a factura para as gerações futuras que vão ser confrontadas com compromissos financeiros insustentáveis.
Entre os exemplos mais flagrantes de parcerias público-privadas, que se traduziram em péssimos negócios para o Estado, o juiz Carlos Moreno destacou o caso da Lusoponte, que tem a concessão das duas pontes sobre o Tejo e que derrapou 400 milhões nos custos para o Estado.
O mesmo aconteceu com a travessia ferroviária da ponte 25 de Abril, lembrou Carlos Moreno. A obra foi anunciada a custo zero aos contribuintes, no entanto, o Estado viu-se obrigado a compensar financeiramente a concessionária.
Também no caso das SCUT (auo-estradas Sem Custos para o Utilizador), o juiz jubilado calculou que no final do ano estejam a custar ao Estado 700 milhões de euros.
No programa Pessoal e Transmissível, da TSF, o juiz jubilado Carlos Moreno acusa o Estado de despesismo nas parcerias público-privadas.
Carlos Moreno alerta para perigos dos governos continuarem a querer mostrar obra feita.
http://www.tsf.pt/paginainicial/AudioeVideo.aspx?content_id=1683789
Já escrevi inúmeras vezes sobre este assunto e o erro que são as parcerias público-privadas, pelo menos no modo como são gizads em Portugal. As mais-valias são para os privadoas e os prejuízos/encargos são para os públicos. Como disse oportunamente, as PPP são o "caixão" que há-de levar este País ao fundo. Enfim, somos um estado que é miserável graças a uma "etnia" política ainda mais miserável que qualquer Pais de África desdenharia ter.
ResponderEliminar